quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vida de Alquimista




O vento celta me levou à direita da linha do inferno, me fazendo brotar no inverno, estando comigo, fluindo comigo, me elevando à dimensão dos pequenos grandes medievais, onde a época das trevas é vista com Luz. Uma outra dimensão, um outro mundo, um universo...não paralelo, mas nuclear, magnetizando-me para perto.
O inverno chega aos bons, e a mim, tirando o calor de dentro, elevando-o para fora, fora de tudo e de todos, deixando-nos a mercê do puro frio. Este por sinal, é mantido no ar, purificando o mesmo, e o orvalho dentro de um orvalho, que segundo alguns é comparado à vida, para mim é o roteiro universal desta dimensão. Não estamos livres? Tudo seria pré-definido, enfim?!
Deixando p´ra lá algumas ideias vindas de retardados como nós, e refletidos em nós, o vento celta se funde com a música medieval, trazendo uma sensação maravilhosa e inexplicável que vai das entranhas aos cabelos, fazendo-nos delirar de paixão a cada toque, a cada suspiro, como um potencial de ação, sendo mais intenso que o amor, sendo mais destrutivo que o ódio, sendo até, talvez, tão destrutivo quanto o amor.
Não consigo parar de viajar dentro desse universo nuclear compartilhado comigo, uma vida de sonhos, sonhos peripatéticos, ao ar livre, um sonho de liberdade desce pela minha garganta, tem gosto de anis e álcool, não consigo parar, portanto, deixo fluir, essa liberdade é bem-vinda, e este estilo de vida me agrada.  Isso simplesmente me eleva ao nada, e ao tudo ao mesmo tempo, enquanto sinto um estado doce como o coma, necromântico talvez, um estado onde desespero, ênfase, e paixão se complementam. 
Acho que cheguei ao estado do tão esperado oxímoro, traçando a mais tênue das linhas entre a realidade e a fantasia, dando origem assim, COMO DIRIA NOSSO SAUDOSO 'ZECA', ao mais incrível dos sonhos. 
A grande fusão entre universos, o grande oxímoro, o vento celta, tudo isso é automaticamente mesclado ao sons, harmonia, prazeres, ódios, medos, amores, a tudo que há de mais intenso, e isso tudo é fundido quase que instantaneamente com o nada, este que por sua vez se torna intenso, um oxímoro ao todo, um grande complemento, complemento de tudo, complemento de nada, completando toda a dialética, própria e acerca, desde que esta esteja sob o meu domínio, ou melhor ainda, se não estiver.


Um grande surto, uma grande vida, uma vida válida.


Vida de Alquimista.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Valeu a pena?



E se a sua vida acabasse neste momento?
Você estaria satisfeito?
Não olhe para o lado, não respire, para de ficar acerca de si, fazendo de tudo ao seu redor o teu centro, e seja por um momento você, só você!
Não se preocupe, só por um instante!
Sou aquele que você quer ser, aquele que faz tudo o que você quer fazer, que respira como você quer respirar, aquele que age como você quer agir, aquele que você quer ser na cama, aquele que você pensa em sonhar, aquele seu alter ego perdedor, que você suga. Eu sou você!


Olhe para si, veja como fede!
Olhe o tamanho da sua desgraça!
Sinta o quão patético você é...
Sinta quanto tempo perdeu, com coisas patéticas como escolhendo a cor do sofá, ou lutando por popularidade.
Chega uma hora que o caos tem de tomar de conta, quebre a sua maldita harmonia, quebre a porra toda, tente não ser você por um instante, sim, não ser você, porque você se fechou tanto que a sua vida não é a sua vida, e sim a vida deles, e a vida deles a sua vida, tudo se funde com a falsidade, tudo se funde com o niilismo, tudo se funde com o nada, e você é só uma peça compondo a mesma merda assim como tudo e todos.


Logo não ser você é a única forma de ser você!
Você é um cara fodido de merda!
Você tem que desistir!
Você tem que perceber que amanhã você vai morrer!
Você tem que sentir o quão inútil você é!
Falso, carne, matéria!!!
Isso acaba!!!


Você não é uma merda de um copo de cristal!
E a sua vida é desperdiçada!
Assim como você, assim como eu, assim como o mundo!


Não seja você daqui p´ra frente!
Desista, insista em desistir de ser você, uma vez que o seu eu está tomado pela falsidade do seu eu!


Desista, você tem que lutar!


O paradoxo sobressai!


Imagine como a vida seria com você fazendo tudo ao contrário, desistir seria insistir, morrer seria viver!


É só sangue!




Serei aquele que você quer ser.
Serei você.


A vida é sua.

The Dream







"Isso não pode ser real!
Isso não vai ser real!
Isso não tem como ser real!
Isso é real?"


Tudo passava na minha cabeça naquele momento, lá estava eu, finalmente quebrando a camada tempórea, usando algo qualquer como minha nave ao passado, voltando...por amor.


Lá estava ela, com seus belos cabelos vermelhos, mas ela não me conhecia, mas um tinha uma pequena vantagem por saber o que lhe aconteceria no futuro, e infelizmente, o que iria lhe acontecer, não era bom, nem p´ra mim e muito menos para ela.


Eu a conheci naquele instante, gelo e fogo tomou conta de mim naquele instante, ela não me entendia, o que afinal eu queria?
O que doía mais era o fato de que eu não podia revelar que eu conhecia teu futuro, e que era ela meu único, maior e platônico amor, pois caso eu falasse tudo, o universo inteiro desabaria, e voltaria assim à condição comum, voltaria à estabilidade.


Eu tinha pouco tempo, irmãos, eu tinha pouco tempo!
Em poucos instantes, segundo uma desgraçada, exatamente 38 segundos, tudo aquilo iria universo abaixo, e eu precisava de alguma maneira convencê-la que haviam melhores saídas do que aquela que futuramente a minha amada tinha se dado.


Eu falara com ela, com calma, ela me olhando com aqueles belos olhos castanhos...eu sentia seu olhar vago, entristecido, decadente. Eu só queria que ela me entendesse.


Chegamos a um ponto que finalmente consegui sua atenção, e uma pequena parte da sua confiança, tentava lhe dizer tudo o que o futuro iria causar, eu queria ela...comigo, num futuro não tão distante, onde talvez poderia haver um 'nós' ao invés de um tenebroso e sozinho 'eu'.
'Venha comigo', eu dizia, e ela como sempre cética, e como uma real seguidora de nietzsche, contestava tudo e todos, desde minha atitude até as boas e velhas questões existenciais.
Eu só queria salvá-la, entendem??
Eu só queria que ela tivesse mais uma chance, e sem querer me gabar, ou me transformar em herói, eu voltei por amor, ignorando tudo e todos, e consegui este presente, este dom.


Não sabia mais como agir, mas eu já tinha sua atenção, o bom é que ela era igual eu, e não se importava com aparência em si, a atração acontecia, cada vez mais e mais forte, e eu tentava trazê-la, o problema é que minha nave só cabia um, mesmo nós sendo um só, e o futuro ter parte nessa atração, o universo não entendia muito bem o peso e o tamanho que seria transportado, logo, eu precisava agir ali e rápido.


Tenho apenas mais alguns segundos, mas pelo menos os segundos que temos em sonho equivalem a mais do que o temp ode uma vida longa na terra. 'EU DAREI A MINHA VIDA PARA SALVAR A SUA', eu dizia, ela não entendia, e eu não podia me aprofundar mais, senão tudo aquilo estava acabado.


O tempo começava a tremer, o universo começava a ficar extremamente instável, apenas em soltar simples palavras, eu tinha medo, mas era por amor, e eu não iria deixar ela ter o fim que teve,  eu iria até o fim, fosse ele qual fosse, e como calígula disse à Deusa vênus ' Deusa toda poderosa, me leve, mas poupe-a", eu dizia para o nada, eu dizia para mim mesmo, eu rezava essa palavras em silêncio.


Ela olhava p´ra mim e dizia "O que você tem?"
Eu retrucava, dizendo: "Nada, só quero que você confie em mim."


Era tão real, tão lúcido, tão vivo, eu estava perto, bastava uma palavra, ela estava confiando em mim, mas, depois de muito, no momento crucial, uma lágrima escorreu do meu olho esquerdo, eu não aguentava mais, ela perguntou porque eu tava chorando, eu apenas disse: "Confie em mim, confie em  mim".


E esta foi a carta deixada pelo triste guri. Guri cujo qual não está mais entre nós, levaram-no, intacto ele não sairia, porém, Ela, a guria, foi poupada.


Troca justa?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ensaio Sobre o Corpo

Estrutura material perfeita, funções completas, complexas, inatingíveis. Eis o corpo, que tem como complemento a motricidade...bela motricidade, fazendo assim nos libertar da massa, tanto corpórea quanto coletiva. Eis o grande diferencial, aquilo que te move, que faz você ser, sentir, ouvir, ficar, interpretar...tudo e todos, um fôlego, uma vida, um minuto.
O que dizer sobre essa carcaça cheia de carne que nos engloba? Bem, a definição mais perfeita é o termo...prisão móvel. Nos engloba, nos sustenta, nos prende.
O corpo, ao mesmo tempo que é o veículo, é a prisão. Ele nos conduz, porém, nos mantem presos dentro de uma camada cheia de cobiça, desejos fúteis, necessidades importantes e banais. Troca justa? Não acho. Novamente há uma castração. O corpo acaba, e quem fica? Quem fica? Sem o corpo, ou com uma estrutura talvez mais leve, tudo seria diferente.
Chegamos enfim, À questão do sobre humano, que deve ser citado como o humano que renuncia à todos os instintos fúteis da carne, sejam sentimentais ou físicos, ou seja, um ser inatingível.
Logo, a vida é injusta, pois nos coloca dentro de uma estrutura falha e limitada.


Logo, duvido que tudo acabe aqui.


Beleza = nada.

Fusão






Desânimo, o mais puro e intenso desânimo. Ter milhões ao teu lado e se sentir sozinho. Carregar tua cruz, a cruz imposta pelo mundo...pela vida. A vida é uma prisão perpétua, gostaria que tu pensasse nisso. Olhar para o lado, não ter ninguém, olhar para o outro...e ter menos ainda, o passado te impulsionando a fazer coisas que, na tua condição atual, não são nada plausíveis.
Esse desânimo é tão mórbido que tu se desanima até ao ver as pessoas que tu razoavelmente curte. Ao olhar para o passado tu sente frio, solidão, náusea, e principalmente...tristeza. Quanto tempo perdido! Em pensar que já fomos felizes, não é? Novamente cito o eterno niilismo, o tudo e o nada ao mesmo tempo, o tudo de tudo é traduzido no final como o nada de nada. Afinal, o que sobra no fim? Como diria Donnie: 'Eu só quero entender tudo no final'. Sinceramente acho que é o que nos resta, o bem mais valioso que se pode ter. Apenas isso, apenas espero o simples entendimento, uma vez que as perspectivas vitais são tão...tediosas e patéticas, ao menos na tua e na minha condição.
Eu entro em uma censura involuntária, mórbida. Preciso sair desse ciclo vicioso que a minha escrita e a minha vida se tornaram.  O 'plano divino' é um plano maligno, do qual te faz sofrer mais do que se estivesse com lepra, uma castração inteligente e sentimental, te subestimando...te reduzindo ao pó.
Ao menos, ainda assim, algumas pessoas fazem com que isto aqui ainda possa valer a pena, e amigo, sei que parece óbvio, mas o que permanece é aquilo que é real dentro da tua realidade, ou seja, o contrário absoluto de niilista. E vamos convir, em solo niilista, achar algo real é no mínimo raro, e digo mais...alcança até camadas do surreal dentro da realidade.
Essa dimensão é realmente tediosa, onde teu corpo, tua carne, teu sexo, teu ar não valem nada, assim como tu, assim como acerca de ti, assim como o universo comum, pensado aos pensamentos dos leigos. É exatamente neste ponto que entra a necessidade de um universo paralelo, um eu, e um mundo, onde seja habitado apenas por poucas e reais coisas e poucos e reais sentimentos. Um universo onde tu se fecha, e quem te entender...meu amigo, estará ao teu lado para toda a maldita eternidade, não duvide. Eu sou um felizardo por ter pessoas no meu próprio universo, pessoas que estão dentro de mim, vivendo num universo paralelo e próprio, que me elevam a outra dimensão, onde eu sou visto por aquilo que sou, e não por aquilo que aparento.
E o principal, estas pessoas me dão abertura ao universo delas, me mantendo assim paralelo ao universo paralelo delas...e essas pessoas se mantêm também paralelas ao meu próprio universo...havendo assim a grande fusão entre universos...ATRAÇÃO.
Não são só pessoas assim que contêm universos adoráveis, mas também...músicas e filmes! Se fundindo com a pseudo realidade do niilismo, elevando assim o surto, finalmente aquela realidade que vale a pena acontece, fundindo-se com pessoas que amamos, filmes e músicas...nos mantendo num universo...finalmente feliz, fazendo-nos suspirar de prazer, querer viver dentro de uma realidade fundida com sonhos e fantasia.
Sair da realidade patética é, sem dúvida, a maior dádiva que podemos obter, olharmo-nos como milhões de universos, estar cercado assim, por universos inexplicáveis...estar suscetível a isso...à sua própria alegria! E não mais ter aquela visão comum de ser humano, cercado por carne, e miséria!
Nessa existência patética, fico feliz apenas pelo universo mental, que é o mais amplo, abrangente e livre possível, e este nos dá a opção, talvez a única em vida, fazendo jus ao livre arbítrio, de poder viver desta forma. O livre arbítrio, por fim, se resume a este detalhe, uma fusão entre realidade e fantasia, dando origem ao teu sonho...ao teu sempre sonhado...eu.

sábado, 29 de outubro de 2011

Camisa de Força





...E ele não parava de repetir: 'A mente nos liberta, a mente nos liberta'...
Era tudo o que ele dizia, vivendo no seu próprio universo, vivendo no seu próprio mundo, na sua própria dimensão, um sujeito presunçoso, genial, e segundo a grande e patética camada considerada normal pela sociedade...um louco.
Este foi Karamá. Apenas Karamá, não se sabe de onde veio, não se sabe para onde foi. Alguns dizem que pretendia levar uma vida de alquimista, seguindo um estilo peripatético dentro de si, outros dizem que tivera uma vida complexa, árdua, feliz e no fim, danosa, e os mais comuns e patéticos o citam como um louco, apenas um louco.
Karamá desenhava, Karamá escrevia, Karamá só dizia o que citei anteriormente.


Dentro daquele hospício, todos tinham muito medo de Karamá, até os outros loucos. Isso talvez pelo estado translúcido em que Karamá ficava quase o tempo todo. Ele escrevia coisas belíssimas, em outras palavras era um verdadeiro artista, o artista mais puro, o artista mais presente, o típico artista de verdade, aquele que sofre pelo o que é, aquele que se eleva para a dimensão que realmente quer, aquele que depende de desgraças para existir.
Karamá não queria seu dinheiro, nem sua vida. Ele só precisava de alguns lápis, e papel, muito papel.


'Afinal quem é este homem?'...todos perguntavam. Realmente não se sabe. Só se sabe que Karamá foi encontrado próximo a um riacho, desenhando coisas na terra...e se cortando.
Depois de muita observação Karamá foi posto naquele lugar horrível, onde tudo o que de mais horripilante acontecia. Ele era diferenciado, não um louco comum, mas um insano, que usava isto para expressar tudo o que se passava naquela mente, aparentemente perturbada e imensa.


Ele tinha seu próprio universo, isso era incontestável, um universo extremamente restrito e secreto. Ele desenhava muitas coisas, coisas desconexas, coisas intrigantes, e coisas magníficas. Não tinha medo de se expressar, e muitas vezes, por essa falta de medo, era castigado, posto numa camisa de força e jogado num quarto escuro, sozinho.


Depois de muitas vezes castigado, Karamá escreve a frase mais brilhante que alguém já leu...
'P´ra que esta camisa de força? Se aqui já me reprimem de todas as formas possíveis? e Por quê não ver o mundo como uma grande camisa de força, uma vez que a repressão e a castração cognitiva é cada vez maior? Mas não vou me desperdiçar me embrutecendo com isso, minha mente eles não tirarão...". Os funcionários do hospício ao lerem isso ficaram furiosos com Karamá, e esta frase, assim, foi parar nas mãos do presidente daquele local, e este furioso deu ordens para que Karamá fosse executado.


Karamá, de um modo estranho e inexplicável, pressentiu sua morte, e pressentiu também que tinha um prazo de 2 dias. Logo, este não parou de escrever. Diariamente este era espancado, judiado, reprimido, assim como todos que pensam. E após as surras, sempre escrevia, não desperdiçou um minuto sequer desses dois dias. 
Em frangalhos, com mais algumas horas de vida, este termina seu objetivo...aparentemente várias folhas bem velhas, guardanapos, papel higiênico, enfim...tudo isso junto, uma vez que seus papeis foram retirados à força, mas ele tinha um pequeno estoque em um pequeno esconderijo, onde as 'hienas' não iriam fuçar. Este monte de folhas tinha um título e uma capa. Não era necessário ser nenhum Sherlock para sacar que aquilo era um livro, e as palavras citadas na capa eram "Camisa de Força". 
Karamá não consegue nem mais ficar em pé, e repete mais e mais a cada golpe a frase 'A mente nos liberta!'. 


Ao bater do sino, Karamá sente que sua morte está por vir, chegam muitas pessoas, todos os curiosos, todas as hienas, todos os porcos imundos da sociedade, para assim terem um pouco de 'entretenimento', e para ocuparem suas vidas vazias e nojentas. 


Karamá é julgado, em um júri patético, dentro do hospício, e lá é acusado. Todos aplaudem, riem, festejam, e se esbaldam com bebidas baratas.


Ao ir para a forca, Karamá pronuncia as suas últimas palavras:
"Eu sinto muito pela humanidade, eu sinto muito pelo mundo, eu sinto muito por essa dimensão, meus caros. Todos vocês não passam de hienas, que se contentam com o sangue do próximo derramado. Todos vocês, ditos cristãos, não passam de meros hipócritas, e ainda por cima reprimidos, reprimidos por pessoas mais inteligentes do que vocês, que os colocam em uma camisa de força, impedindo vocês até de pensar, os enganando com uma falsa felicidade...rica em vícios e excessos. Muito obrigado por tudo, mas principalmente, muito obrigado por me mostrarem que o verdadeiro caminho da felicidade é aquele de não ser uma pessoa igual a vocês! Eu estive em uma camisa de força quase por 5 anos seguidos, e vejo que tenho mais liberdade do que todos vocês juntos. Qual a diferença de viver em uma camisa de força, e viver da forma que vocês vivem? A mente nos liberta!"


Após esse discurso, todos se chocaram, finalmente Karamá falara algo que não fosse a frase citada primeiramente. Por fim, furioso, o presidente do hospício ordena que o apoio onde Karamá estava em cima fosse quebrado, e assim, Karamá falece.


O livro de Karamá foi encontrado, algum tempo depois, por um dos funcionários que o surrou. Este funcionário, por sinal, leu o livro...e se matou em seguida. Todos que leram esse livro vieram a se matar, dizimando assim um local podre, onde havia ditadura.


O objetivo de Karamá não era um suicídio em massa, mas...as pessoas que tiveram acesso ao livro eram tão podres, e o livro tão profundo, que ninguém resistiu a tais palavras.




"Você se fecha na tua maldade, se nutrindo do sangue do inocente. Te impedem de pensar, de agir, de falar...Você se impede involuntariamente, você vai se matando aos poucos, se fechando dentro da sua própria podridão. Agradeço por não estar mais aqui quando este livro chegar às mãos de alguém, e agradeço mais ainda pelo livro ter chegado às mãos de alguém."


Karamá





Por fim, nunca se soube quem foi este homem, porém, atualmente, este homem é citado muitas e muitas vezes em debates por liberdade, e respeitado por todos, até pelos hipócritas que nos põem diariamente em uma camisa de força, e claro por aqueles que as vestem.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Exceção

Um cigarro atrás do outro...
Ele sente sua vida se esvaindo lentamente, assim como a sua alma...
Ele olha para o nada, ele vai até a janela, onde bafora outro cigarro, e olha para o céu, o céu não é azul, e sim cinza, e isso o convida para voar, para se realizar, para abraçar sua própria depressão, e assim ter os seus últimos minutos de alegria, com a doce ilusão de estar com aquela que ele amou.
Ele volta, olha a foto da mesma, e sente um vazio, um grande vazio, um vazio cheio, um vazio completo. Ele só quer sua vida de volta, mas nessa trama deprimente ele vê que a falta da felicidade é a sua maior felicidade, aquele vazio, aquele frio, aquela ausência de cores.
Fumando outro cigarro, ele escreve várias vezes no seu caderno preto: "P´ra que viver se viver é danoso?"
Ele chora, ele se esvai em lágrimas, lágrimas sangrentas, lágrimas negras, simplesmente lágrimas, lágrimas cheias de sentimento, cheias de ferimento.
Já é noite, e ele vê que sua vida nada mais é do que uma danosa perda de tempo.
Ele se cobre...cobre com uma maquiagem preta e branca, fazendo assim transparecer aquilo que todo homem tem vergonha de deixar à mostra...SEU MARTÍRIO, SUA DEPRESSÃO, SEU FARDO DE BELEZA NA TRISTEZA. Isso sim é admitir-se, deixar-se, fazer-se.
Ao sair ele deixa um bilhete aos poucos que talvez se importem com ele daqui a um tempo contendo: "Se eu não voltar, o culpado foi o amor, e a minha vazia susceptibilidade."


Encontra-se no cemitério, neste momento, vendo os túmulos, que são, por sinal, belos mausoléus, e algumas cruzes simples. Afinal, tanto faz...é uma bela homenagem, deixa estar, o cemitério lhe traz uma sobrevida, e isso é irônico, e aos olhos moralistas e hipócritas...DANOSO.
Ele não se importa, ele se quer, ele quer aquela que o abandonou, um paradoxo interessante, um sonho, "por que tudo é tão platônico e impossível?", ele se pergunta?
Ele chega ao túmulo de sua amada, e começa a fazer uma serenata para a mesma, encenando o verdadeiro alarde que vive, sua encenação é real, e nisso os verdadeiros artistas são comprovadamente verdadeiros, em dar vida à sua própria dor, talvez assim ele alivie o que sente no seu peito machucado.
Ele a quer, ele não a tem.


Ele percebe que é a hora de vê-lo como seu próprio melhor amigo..
Mas é impossível que em tão perfeito complemento não hajam também seus lados negativos..
Ele se tornara seu melhor amigo e seu pior inimigo, um paradoxo interessante, um oxímoro, afinal ele se conhece como ninguém, e percebe que dentro de si existem universos terríveis e admiráveis.
Ele...mais do que ninguém, sente suas maiores falhas e virtudes, se torna vários personagens, porém sempre caindo no mesmo ponto de fuga.
Um homem sem rosto, que almeja estar com quem amou, e vê como seu destino é penoso.
"É incrível o complemento que o auto-conhecimento traça"...ele pensa, "um complemento doloroso e eufórico ao mesmo tempo". Sua existência, pensa ele, é um oxímoro mais do que completo, variando entre euforia e depressão, e sua euforia vagueia pela depressão, e sua depressão pela euforia, e ele se vê como um ser completo, e lesivo...PRINCIPALMENTE LESIVO.
Logo, o ser completo é como o amor, intenso, magnífico, eufórico e danoso, ele não aguenta mais...ser tão susceptível, tão sensível..
"EU NÃO SOU DAQUI, EU NÃO SOU DAQUI", ele repete inúmeras vezes, um mundo porco e irreal. Do que adianta se sentir completo, sabendo que a própria terra que você pisa é um ninho de cobiça?


Andando pelo cemitério, sem rumo, ele não aguenta mais ser o grande oxímoro, a grande excessão, e almeja seu grande fim.
Sentado ao lado do túmulo de sua amada, novamente, ele escreve cartas para ela, ele quer a encontrar, mas sua missão é ingrata, um grande oxímoro solto num mundo cheio de paradoxos...
"Eu não vou fracassar, e viver em um mundo contraditório!"
"Eu farei como você fez, meu amor!"


Abrindo o vinho, ele bebe, e em seguida corta seus pulsos, esperando seu grande momento. O grande oxímoro nunca viveu.


O grande oxímoro...nunca viverá.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Caos



Eu danço ao som do caos, uma dança própria, desconexa, altamente sensitiva, sentido subjetivo, claro, explícito, e ao mesmo tempo obscuro e completamente sem sentido. O paradoxo de uma vida contraditória me tenta, seria o niilismo, o nada, me fazendo dono da minha própria confusão, do meu próprio caos. O caos está aqui dentro, o maior e pior caos que se possa imaginar, as sequelas são profundas, talvez uma sequela boa, uma vez que aquilo que nos atormenta, depois de um tempo talvez nos faça mais fortes, talvez. Luta por concentração, tudo me tenta, o que está acerca me desanima, o que está dentro me excita, uma luta contra tudo e contra todos, uma guerra particular e interna. Como sair p´ra outra dimensão?
Talvez aquela dimensão onde exista o encontro comigo mesmo, dançar com o caos, ao som do caos, de cada suspiro arrancar um soco, de cada vento arrancar o fim do mundo. Terremotos, enxaquecas, dores...TUDO...é, não dá p´ra se concentrar...
Continuando...
Uma rota de fuga, fazer uma rota de fuga dentro de si mesmo, mas infelizmente essa rota de fuga sempre nos encaminha para caminhos de mais dor, é um pseudo-escape, mais do que nunca niilista, patético..
É desagradável saber que sua fonte de felicidade é limitada, e já se esgotou há anos..
O que resta no final, é o que você realmente é... e não as carícias que você recebia por balas e afins..
Não faz muito sentido não é mesmo?
É o que a confusão causa, cara...um tudo e um nada como um potencial de ação, tudo ao mesmo tempo, um verdadeiro soco, um baque, aquilo que te possui, te faz delirar, talvez sua única fonte de felicidade que não seja limitada, talvez a escrita..
Não se sabe..
Minha heroína é a música, e minha escrita, realmente me sinto possuído escrevendo isso. Sem baboseiras religiosas, mas me sinto incrivelmente bem quando vomito tudo aqui, um canteiro de bizarrices, onde eu sou o protagonista, coadjuvante e figurante. Realmente é um êxtase você não se importar se faz sentido, mas saber que existe. Que está aqui, aqui dentro, e lá vamos nós...rs
O infinito fica acerca do caos, perceba quando você fixa seu olhar no espelho, é um ciclo infinito, sabe?
Você reflete, e se torna o refletor, é uma corrida em círculos talvez, e isso resume um universo. E qual a diferença do universo que estamos para o universo do reflexo?
Uma corrida em círculos, uma maldita cela. Eu dou as costas ao plano divino. Viver o clichê não permito! Viver como um alquimista talvez me satisfaria, porém, viver dessa forma nos dias de hoje, me dá medo. A realidade humana me dá nojo, me desanima, é realmente terrível ter essa susceptibilidade, essa fraqueza, de querer ser o que você é, porém não poder ser, devido tudo que está acerca.
Tiram nossa vida na cara dura, não nos permitem dançar com nós mesmos, tudo o que corre hoje é o capitalismo, e pode acreditar, este último é o pior inimigo da bela arte. Ninguém mais praticamente faz o que realmente quer, pois o que realmente importa são os prazeres passageiros e mais suscetíveis. Nada mais importa que não seja os prazeres fúteis, e aí vamos à ideia correta de que o humano que abre mão destes prazeres é um humano inatingível.
Camisa de força é o que me envolve, a carne me faz...nos faz assim, VERDADEIRAS HIENAS.


Talvez a música e a escrita sejam as únicas fontes de reais prazeres, é uma experiência comum a mim...e cito isso porque faz todo o sentido. Talvez a única coisa que realmente faça sentido. O caos se torna um elemento primordial para que eu possa ainda assim vomitar tudo aqui, de forma própria e benéfica, não sei se p´ra você fez algum sentido, mas diminuiu 2% da minha agonia.

domingo, 18 de setembro de 2011

Paralelo e Próprio






O mais incessante e intenso sonho, a sua maior viagem, você não sairá! Nem quando quiser.


E assim, fui deixando me seduzir pela aquela atraente música que me levava até o fundo da minha mente, me fazendo cavalgar nas nuvens, fazendo o amarelo virar roxo, fazendo as estrelas da minha mente serem ovais, fazendo, por mim...tudo e nada, nada e tudo. O infinito me foi apresentado de maneira subjetiva, porém real...PROPRIAMENTE REAL...talvez, subjetivamente real.
Para onde eu ia, meus pensamentos se completavam, minhas ações, as ações das outras pessoas, tudo se completava ao modo do meu pensamento. Tudo interligava-se, tudo correlacionava-se.
Estaria eu louco? Um universo paralelo dentro de mim! Muita presunção, não? Mas vamos em frente.
Conversei com pessoas, todos os tipos de pessoas, fui a todos os tipos de lugares, coisas mudando de forma, o que fazia todo o sentido mudava 'da água para o vinho', em menos de 7 segundos. Eu parava, olhava, e saía...cada hora para uma nova tela, sendo um protagonista dentro do meu próprio sonho, mas acabando sempre em mim mesmo. Mas não era uma necessária corrida em círculos, nããão! Era diferente, era alucinante, eu voava, eu respirava, e sentia a respiração, e não apenas respirava como nesse plano terreno previsível e circular.
Haviam cores, haviam ausências de cores, claridade excessiva...O QUE EU QUISESSE!
Estaria eu louco?
Nessa altura não sabia nem mais quem eu era...tudo o que me era apresentado, eu acho que era modificado, nada era real, estava dentro de mim, é muita informação, cara!
Preciso fumar...!
Fumei um maldito cigarro de melão azul neon! Eu não sei como isso acontecia, mas tudo o que eu desejava me aparecia da forma mais bizarra e contrastante possível.
Posso dizer tudo aqui, mas tudo será nada, uma vez que para você isso não significará nada, pois está dentro de mim, mas existe, talvez, por estar dentro de mim, logo, vem a questão de a vida ser um orvalho dentro de um orvalho...Vai saber, né?
Eu não parava, eu queria acordar, estava assustado, voava, acordava, e acordava novamente, e não conseguia acordar de uma vez. Acendia luzes, e elas não se apagavam quando eu as apagava.

O que era morte, nesse momento? Ou vida? Ou plano terreno?
Só me resta aproveitar, me desprender um pouco de toda essa merda, e curtir esse trip da maneira mais solidária, seria, talvez, uma missão de auto-conhecimento?
AHHH! Para de perguntar um pouco seu cético maldito, não vê que sua pergunta ecoa dentro de você? Ou seja, ecoará dentro deste universo!
Como eu me subestimo, como o humano se subestima! Enquanto existe um universo dentro de você, você se ocupa com futilidade. Você está se desperdiçando, meu caro...e eu posso ver isso com clareza neste instante, apesar de estar seriamente fundido entre a fantasia e a realidade.
Mas, uma coisa tem de ser admitida, isso aqui é fantástico.
Como acordar? Como acordar??!
Ou viver na minha própria ficção?
Mas seria ficção, uma vez que estou dentro da minha própria realidade?
Presunção talvez?
Ah, que se dane, p´ra mim é a realidade...!
Só quero entender tudo no fim.
Avistei, por fim, após muito conversar, após muito andar, após muito voar, o local do qual acordei pela primeira vez, talvez seja o meu 'sinal verde'...
Não consigo entender tudo com clareza ainda, mas eu preciso sair dessa dimensão pelo menos por enquanto, eu voltarei, eu voltarei.
Eu fecho meus olhos, e sinto uma elevação, saio do chão, e assim vou ao encontro da realidade, a patética realidade.


Por fim, me entendi. Meu sonho se realizara, um sonho na questão desejável.
Fui elevado para uma dimensão onde fui visto por aquilo que sou e não por aquilo que aparento.


Eu voltarei, voltarei a mim mesmo.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Niilista Como Tudo



"Não sei por onde começar, sinceramente. Depois de tentar tantas vezes, e fracassar, acho que dessa vez eu conseguirei, eu realmente quero fazer isso, senhor! (não me refiro a Deus!)
Não culpo ninguém por isso, e no fundo nem a mim mesmo. Mas renunciar à vida não é aparecido p´ra mim como um ato de orgulho, e sim como um ato de desespero. Após tudo que foi dito, concebido e feito, renunciar a tudo e a todos me parece a saída mais digna. Sinto mais pelos que ficarão por aqui, no plano terreno, do que por mim. Faço isso exclusivamente por amor. Não me venham ser moralistas ao ponto de dizer que p´ra tudo tem solução, ou até me chamarem de louco, mas se quiserem me chamar, estejam à vontade, tanto faz, serei esquecido no final mesmo.
Afinal, faço parte de uma sociedade niilista, uma sociedade de merda, onde nem a própria se sustenta, nada tem o dito valor, nada vale merda nenhuma, uma sociedade onde você está tinindo hoje, e amanhã está esquecido, e só lembram de você novamente quando você está envolvido em uma maldita catástrofe. Afinal, somos movidos a que, não é? Nosso combustível é a boa e velha desgraça, não serei presunçoso ao ponto de dizer que sou tão diferente da sociedade, só não consigo conviver meio a tanta falsidade e hipocrisia, e principalmente...fraqueza. 
Agora me pergunto, seria renunciar à vida sinônimo de fraqueza? ou de covardia?
Sinceramente isso se contradiz, a partir do momento que estou dando fim a mim mesmo, pois, aos olhos racionais, tem de ter uma extrema coragem para consumar tal ato, mas enfim...não entrarei nestas questão, meu tempo está se esgotando.
Não se culpem...não se culpem, é o que eu digo, mas do que adiantará, não é?
Por fim, todos chorarão igual loucos, fanáticos religiosos dirão que estou fodido, os, supostamente fortes, me chamarão de fraco, me julgarão, chorarão mais, rezarão...e ME ESQUECERÃO!
Não todos, mas 99%, afinal, tudo isso é niilismo, tudo isso é vital, tudo isso é realmente patético.
Enfim, chego ao ponto da despedida, o triste ponto da despedida, não sei o que me espera, mas sair disso é no mínimo digno, não esclarecerei aqui meus totais motivos, mas fica a questão amorosa, a questão mais intensa e trágica pela qual qualquer um pode passar. Sim, assumo minha fraqueza, mas antes viver com intensidade, sofrer brutalmente e morrer com alguma dignidade, do que ficar aqui, vegetando, aguentando hipocrisia, fingindo aturar os outros, ou pelo menos, sendo obrigado, e se tornar, ao final, um hipócrita também. Eu não sou daqui! Eu não sou daqui, pode ser presunção, mas eu não aguento mais isso.
Cristina, Walter, Rogério, Ewan, à vocês dedico meu eterno e verdadeiro amor, um amor que nunca se acabará, eu posso estar partindo, mas ficarei por vez no astral, talvez sofrendo, ou talvez só nas lembranças, com vocês aqui dentro, se restar algo.
Silvana, você foi intensa, e destrutiva, o melhor e o pior período da minha vida, palavras, palavras, a poesia desaba aqui dentro, nada mais.


Eu fracassei, senhor.


Zero"


Após isso, Zero sela sua carta, e a põe em cima do criado-mudo. Ele vai até a janela, situada no 10º andar, e de lá salta, dando fim à sua curta passagem pela Terra.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Agonia




Por enquanto o dom de escrever está fluindo, não necessariamente da maneira que eu quero, mas existem fragmentos, fragmentos a serem adaptados, organizados e por fim escritos, mas que se dane, organizar não é meu forte mesmo..
Algo inegável é o fato de que nos momentos mais sombrios, mais negativos e consequentemente mais agoniantes, no meu caso principalmente, antes que digam que estou generalizando e me julguem por isso (que por sinal não estou nem aí p´ra isso), a escrita sai mais intensa do que se eu estivesse tilintando de alegria. É realmente bom, dentre a desgraça, poder utilizar de algo ruim para colocar p´ra fora aquilo que realmente vale a pena, aquilo que me desperta um interesse final.
Creio não ser uma experiência comum, pois temos exemplos claros de desgraças 'benditas'. 
Agonia de viver, não conseguir ser feliz, felicidade niilista, talvez seja a chave para uma bela escrita. Não é só escrever, sabe? Existe muita coisa por trás, um sentimento, um suspiro, um olhar diferenciado, e me arrisco a dizer que tenho medo de ser feliz, pois talvez meio à felicidade eu comece a escrever mal, e me prender ao clichê da porcaria da vida feliz (preferia me matar ao cair na mesmice).
Mas viver só de agonia é um suicídio involuntário, porém produtivo, e aí fica a grande questão deste texto...'ser feliz ou escrever?', rs...sei que parece complexo, mas é uma questão muito forte, que chega a presenciar e abranger até parte do existencialismo. É muito simples falar que vai escrever ou que realmente sabe escrever, mas existe muito mais do que escrever. O sujeito tem que viver sua escrita, fazer-se o personagem principal, a priori talvez, pois quando se iludir e dizer que está escrevendo uma história alheia, acerca de dele, ele sempre vai cair nele mesmo.
A maior agonia talvez seria virar um figurante na sua história, isso deve doer, mas acontece, e quando acontece, meu amigo...você tem vontade de cair e não levantar mais. Você se imagina algo alheio porém real, um ponto de fuga, mas você perderá o seu brio por um tempo, e aí, cara, não vai ser os livros que você leu, os filmes que você viu, ou as músicas que você ouviu, e sim você, o que você é, e o que você será daí p´ra frente, tendo em consideração que você é uma mescla de tudo o que já vivenciou, de todas as situações pelas quais já passou.
Por fim, eu analiso o meu show, e me faço mais um personagem, e vou me moldando conforme tudo o que passo. Toda situação, todo suspiro, uma simples amora que cai do pé já modifica uma vida, e fato é que tudo só acontece uma vez, uma vez que não podemos mudar o que já foi, um passo dado à direita, um passo dado à esquerda, isso nunca será mudado, levando sempre a um mesmo fim, e eu sempre caio no mesmo lugar, a agonia da monotonia, a agonia da rotina, a maldita agonia da corrida em círculos, estar travado, estar andando, estar numa maldita camisa de força!
Questão existencial, questão de raciocínio, questão de deixar-se produzir, da melhor maneira.
Arte é dor, uma dor subliminar entra em você toda vez que tem a chance de ter conhecimento de algo belo.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre Tempo e Água

Vejo tempo passando, todo o tempo, o bem mais proveitoso da humanidade, ou que poderia ser o mais proveitoso, porém limitado, passando incessantemente, sem fragmentos ou rodeios, o tempo se aproxima vem e passa, impiedosamente, e a nós o que resta é utilizá-lo, da melhor forma possível, e é aí a minha maior frustração, fazer o 'pecado', a grande perda de desperdiçar tempo, aquilo de mais valioso se esvaindo nas suas próprias mãos, e o que resta?
Niilismo, niilismo...
O tempo passa, e você vai acabando, desperdiçando-se, nascer, brincar, crescer, roupas caras, status, mulheres bonitas, emprego, sexo, pretensão de um bom futuro, faculdade, casamento, comprar uma maldita televisão grande, máquina de lavar, arrumar seu apê, criar teus filhos, receber a maldita aposentadoria, esperar a morte, morrer...
É isso?
O grande plano divino?
Você estará virando as costas para a eternidade, ao desperdiçar o momento, como eu já havia citado..
Neste momento, acaba de acabar o Waking Life, que é por sinal, um dos melhores filmes que já vi...
Nem sei por que citei isso, talvez pelo fato de nele ser demonstrado a realidade mais irreal de que um sonho pode ser mais intenso do que uma vida, e eu concordo com isso, eu realmente concordo.
Voltando ao nosso ponto da conversa, dois fatores, bem diferentes em si, relacionam-se bruscamente, quando entram em contato com a porcaria do ser-humano...Entre água e tempo, a linha é extremamente tênue, e dois dos materiais mais incríveis, um, tecnicamente material, e o outro além disso, são jogados fora, e como eu já citei, duas coisas limitadas, indo...literalmente 'ralo à baixo.


Por fim, sinto o quanto a vida é desperdiçada, jogada no lixo mesmo, passamos o tempo fazendo o quê, afinal?
Nos libertando que não é!
Trabalhando, talvez...o que nos fode diariamente, nos aluga, principalmente o trabalhador de classe baixa, e média baixa. Dormindo? Sim, dormindo...pouco durante os dias de semana, e em alguns casos muito, o que é um puuuta desperdício.
Uma vida que poderia ser uma grande descoberta, se torna lesiva...Um grande 'NÃO' à vida é dado, quando você opta por viver a vida dessa forma...
Uma vida desperdiçada é o bem mais irreversivelmente perdido que alguém pode ter, chegar aos 90 anos, com lembranças sofríveis, não que o sofrimento não seja de certa forma útil, mas o pior sofrimento é aquele de ter vivido uma vida passiva, condenada a atividades completamente desprazerosas.


E é isso o que estamos fazendo com a água, desperdiçando brutalmente outro bem que dependemos, jogando no lixo mais uma eternidade.


Imagina só se fôssemos contar quantas eternidades já jogamos no lixo só hoje?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

É Sempre Tempo de Recomeçar



Após idas e vindas, chegou ao fim...
Não sou de deixar as coisas claras, e muito menos explícitas, mas devo convir que nunca me senti tão destruído como hoje.
Seria tempo de recomeçar?
Sempre vi tudo como um recomeço, mas nunca cheguei a um fim de um começo, literalmente dizendo, logo não me sinto e nunca me senti completo. Tudo passa, amigo, tudo passa, e talvez o fato de tudo passar é o que nos molda, e consequentemente nos faz completos, o problema é quando o seu 'completo' não é o suficiente, e você se sente um frustrado e um desperdiçado.
Nesse momento o frio que entra em mim é intenso, e entrando em contato com o meu calor interno faz com que haja um grande choque térmico, resultando em lágrimas...
P´ra que fazer isso, fazer aquilo, se no fim tudo acabará da mesma forma não é?
Errado, caralho!
Tudo que é feito aqui tem de ser analisado e feito da melhor forma possível, e assim feito cada vez melhor, para que possamos, lá no fim honrar nossos recomeços e ver que por fim nossos recomeços foram proveitosos, e acima de tudo que aprendemos algo nessa passagem chamada vida, nesse transporte chamado corpo.
Sim, saí completamente da ideia inicial que passei de blogger, mas que se foda, como sempre eu surpreendo, ache isso você benéfico ou lesivo.
Enfim, é horrível se sentir como me sinto, mas acho que finalmente existe uma conscientização em mim de que tudo isso é passageiro e talvez inútil sentir a longo prazo, a vida é mais do que ficar se sentindo enforcado e se abraçar a esse sentimento, não é mais ligeiramente agradável.
Só fico muito frustrado pelo fato de que tudo o que eu sinto, que de alguma forma pode até ser benéfico e consciente para uma possível melhora, seja tão nilista, e que em um piscar de olhos volto à estaca zero. Com isso, mais do que nunca concordo com uma frase que vi hoje da qual dizia que 'um piscar de olhos é o que separa a tristeza da felicidade'. Realmente, a instabilidade é o meu forte, mas eu não vou desistir de mim mesmo, talvez o meu amor próprio nesse momento, que está seriamente em baixa, está dando algum sinal de vida, e eu possa começar a 'subir' novamente, mas está difícil.
Agradeço desde já por não estar sozinho, embora às vezes eu sinta solidão, mas no fim eu sei que sempre tem alguém para me ajudar, e isso é uma real dádiva.
Que seja sempre tempo de recomeçar, pois estou realmente disposto a realizar tal feito, e desta vez...até o fim.


Ps: Calma povo, não vou me matar...ainda...rs

quarta-feira, 27 de julho de 2011

P&B






...e ouvindo aquele som perfeito, ele volta ao breu...à sua vida vazia, tudo seria simbolizado por uma grande ilusão...
A música não pode parar, a música não pode parar...

Fumando um cigarro, ele olha para o nada, e vê algo, após...ele olha p´ra dentro de si, e neste instante...ele não vê nada...
O vago simboliza tanto quanto o seu interior, afinal, o fato de ser compulsivamente dependente o frustra, o fato de se negar...o embrutece, o fato de não ter o que ele deseja o mata.
Sua vida é um grande breu, o vento o leva, seus olhares nada demonstram, só poderiam demonstrar algo quando ele a tem..
Ele até a fundi com seus sonhos, mas, está tudo na sua mente, uma alegria subjetiva, e claro, as pessoas não são as mesmas fisicamente em seus sonhos, mas ele dá um jeito de associar e até aprender a conviver desta maneira...
Ele vive em preto e branco, ele é preto e branco, seus olhos são preto e branco, e novamente ele volta ao breu...
Talvez só exista algum contraste quando ela se faz presente...e essa dependência o deprime.
Ele apenas quer o lugar dele, mas nada parece fazer muito sentido, e sua falta de expectativa o faz querer mais a sua felicidade subjetiva, mas nada é como a gente realmente quer, não é, meu jovem?


Ele olha para o grande livros de mentiras, e de lá, por um tempo tirou sua vida, mas após pensar um pouco, nada ali faz sentido, e a sua mente se funde novamente com grandes dialéticas pessoais, e o conflito dentro de si o perturba, conflitos abrangendo todos os assuntos, mas principalmente a dúvida se ela...de alguma maneira, ainda o quer...
Isso o mata, as frustrações, a grande ilusão de ter uma vida diferente, mas no fim, ele volta ao seu papel, à sua vida normal, aquilo o tortura, e ele não aguenta mais, está prestes a explodir...a desmoronar.


Acendendo outro cigarro ele se ocupa, e talvez se preenche, de modo infinito, sua mente o preenche, mas ainda existe um grande vazio, o vazio o preenche, sua mente logo torna-se vazia, ele vem a ser um grande vazio..
Dúvidas, dúvidas..
Não deixar claro, não o deixarei claro...Como não o deixar claro, demônio?
Ela gosta dessa música, ela realmente gosta, e tudo a ele faz lembrar dela...
É um compulsivo de merda, do qual não sabe os limites do bom-senso, de talvez deixar ela respirar..
Mais um encontro, mais um momento doce de sua vida, mas quando a solidão bate, ou pelo menos o 'estar sem ela', isso o mata, e novamente ele volta ao grande livro de mentiras...


Destrua-se, pequeno garoto, você está aqui para isso.


Por fim, o preto e branco o encanta, a vida vem a ser mais do que lhe foi apresentado, mas como vivê-la?
Por que vivê-la?
Talvez ela, a garota, eu digo, fosse sua salvação, mas como querê-la sem fazer-se extremamente dependente?


Logo, estar sem ela o mata, por fim, estar sem ela...me mata.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gangorra


...e é sempre assim, não?
No minuto passado, a euforia, a magia, chame como quiser esse demônio. Um mínimo tempo depois, a depressão incessante, a vontade de cair e não levantar mais...
É nessa questão que eu penso...
...Seria a felicidade algo tão fútil quanto é aparecido p´ra mim?
É deprimente se sentir majestoso a priori, e por fim, sentir-se um lixo..
Ser dependente, essa é a pior...O fato de algo dar certo, e depois dar errado, e isso acaba comigo!
Logo, não tenho muito o que citar, pois esta frase...basicamente, resumirá o que tá aqui dentro...
A FELICIDADE É NILISTA, mas a tristeza e a depressão não!


E são nesses momentos que eu despenco, e cá p´ra nós o momento é sofrível, e o que mata é a expectativa, ou pelo menos a falta dela.


Estou numa gangorra, e a equivalência é, para cada vez que estou do lado de cima, estou três vezes do lado de baixo.


Nada mais.

Untitled


Tears Dry On Their Own


All I can ever be to you,
Is a darkness that we knew
And this regret I got accustomed to
Once it was so right
When we were at our high,
Waiting for you in the hotel at night
I knew I hadn´t met my match
But every moment we could snatch
I don't know why I got so attached
It's my responsibility,
And You don't owe nothing to me
But to walk away I have no capacity
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own.
I don't understand
Why do I stress a man,
When there's so many bigger things at hand
We could have never had it all
We had to hit a wall
So this is inevitable withdrawl
Even if I stopped wating you,
A perspective pushes through
I'll be some next man's other woman soon
Ah can I play myself again?
Or should I just be my own best friend?
Not fuck myself in the head with stupid men
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own.
So we are history,
Your shadow covers me
The skies above a blaze
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
In this blue shade
My tears dry on their own.
I wish I could say no regrets
And no emotional debts
'Cause as we kissed goodbye the sun sets
So we are history
The shadow covers me
The sky above a blaze
That only lovers see
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
My blue shade
My tears dry on their own. (whoa)
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
My deep shade
My tears dry on their own
He walks away
The sun goes down,
He takes the day but I'm grown
And in your way
My deep shade
My tears dry

Você foi, mas sua obra ficou, e a contemplarei diariamente, assim como reverencio minha vivência a você, esteja bem, caso seja o que você queira.

Como um Whisky Escocês de 33 Anos





Vou precisar de mais música para escrever, a mesma acabou de parar!


The art of Suicide...yeah!


...E meu amigo, essa bebida é das boas...
Neste caso, só resta uma coisa a fazer...
- O quê, capitão?
Hugo Stiglitz:
-Diga adeus às suas bolas!
[TIROS]


Esqueça ao redor, só isso interessa, só isso interessa!!
Escravo da minha própria escrita, ela necessita de mim ao todo, e eu dela...
troca justa, não?


Você sabe que tem um sentido mínimo por trás disso tudo, não sabe?
Não é apenas piração pseudo-intelectual!
Eu digo não ao lixo, e meu amigo, se isso tiver ruim, serei o primeiro a deletá-lo..


...e meu amigo, como o whisky que citamos inicial(to tirando a blusa, preciso de frio)mente, você mandou bem ao me passar aquela música do Epica (quem passou sabe...)


O meu surto é infinito, e necessito dele...
As minhas contradições, dialéticas próprias DETURPAM meu espírito, e a bobagem do espírito puro, não é, Nietzsche? rs
Neste momento, ouvindo the art of suicide, eu só penso em ter você aqui comigo, para podermos dançar com nossas próprias confusões, dançar tango é claro, ou eu fujo à regra, e agradeço às músicas medievais...ops, preciso recolocar o som...
Voltando, medievais, daqueles que eu disse que eram andrógenos, mas não eram...você me corrigiu =)


BlutEngel, BlutEngel...
A tremedeira voltou...


O olhar vermelho do chris me deixou incessante, seria interessante agora fumar um cigarro...
Sim, eu mesclo essa porra, portanto...REICH MIR DIE HAND!


Dizem que existe um lugar reservado no inferno para quem desperdiça uma boa bebida, e como estou batendo à porta, espero que não se importe...


No fim eu me pergunto, além do bem e do mal?
Inferno, Paraíso?
Igreja?
P´ro raio que os parta!
Preciso fumar...


Bem, parando de rodeios...
Eu fumei, e vi parasitas, sim parasitas, dançando comigo, à minha clara vista..
E eu gostei, pois estavam me saudando..com isso, eu vejo que, a realidade não é tão diferente disso, porém muito mais desagradável, pois o que vemos hoje em dia, principalmente neste país de merda/
Parasitas dançando da mesma forma, se felicitando com nada, mas não subjetivamente, e sim realmente, a realidade torna-se extremamente doentia, e o foda, isso é o comum, é isso o que vemos, parasitas dançando como se estivesse tudo bem...renegando a vida, habitualizando-se ao comum, ao clichê, ao que é mais normal, e o normal, vem a ser uma vida renegada, uma vida lesiva, uma vida danosa...
Logo, eu acho que renegar o momento, é renegar a vida, desperdiçar-se com isso vem a ser realmente o dar as costas à eternidade, e p´ra mim, esse é o inferno, viver sem inteligência, e por fim, isso seria como desperdiçar o whisky de 33 anos da montanhas escocesas...


Logo, o capitão estava certo, existe um local reservado no inferno para quem desperdiça uma boa bebida, uma boa vida, e como todos estamos batendo à porta, por que renegar, não é?


Eu volto.







Indecifrável, e trêmulo...talvez.






Não consigo explicar o que realmente acontece comigo nesse momento, vou ignorar, vou ignorar...
Vou ignorar aquilo que me atordoa, aquilo que me tira tudo o que tenho, tudo o que penso, aquilo que sou, pensar é divino, e meu amigo, não se sinta ignorado neste momento, mas essa bela música simplesmente não faz eu parar de escrever, eu sei que você está me entendendo...pausa...pausa, desespero, estou desesperado, chegou na parte do tatear da balada 4, parte 1...
Eu me sinto insano...PALMA!
Não posso deixar isso desaparecer, não vou deixar, sem forçar, simplesmente apareceu, sem forçar nada!
ACABOU, MAS IRÁ RECOMEÇAR!
Recomeçou, tanta coisa a escrever, tão poucos dedos, nunca me deixei ser tão levado assim por um som, por um vento, por um frio, minha janela aberta é testemunha deste surto, dessa confusão incessante da qual eu me transformei...
A auto-dialética é mais frequente do que nunca..
EM QUEM ACREDITAR, POR FAVOR???!
Ai, essa música, essa maldita bendita música, me faz alucinar, e assim viver na minha própria insanidade, uma insanidade subjetiva...própria, e imperfeita...imperfeita por ser tão perfeita!
Essa ilusão, como eu já havia dito, torna-se perfeita...
Fodam-se os erros que estou vendo neste maldito texto agora, não me importarei, o que importa é aqui e agora..
TÃO POUCOS DEDOS, TÃO POUCOS DEDOS..
DESESPERO NOVAMENTE, DESESPERO NOVAMENTE...
Não perca o fio da miada, maldito!
PALMA!!
ahhhhhhh.;..
Eu agradeço à música, eu agradeço a tudo..
Só aqui consigo pensar tudo o que passa pela minha cabeça, tudo não...acabou..
Recomeçou, recomeçou!!
É uma dádiva poder ouvir isso..
Coceira... :)
AHHH, Nietzsche...o que pensar agora???
Sim, é tudo tão desconexo quanto eu...
estou trêmulo nessa maldita cadeira, e não paro de escrever, minha boca entre aberta, eu realmente imploro, eu nunca vou parar de escrever, eu nunca mais vou parar de escrever, eu parei de escrever...


Obrigado por isso, muita coisa ficou pendente, e ficará até o próximo, talvez eu volte disso, é um tour pela minha mente insana, mente de um maldito louco que encara a normalidade como a loucura mais perdida que alguém pode ter..


Obrigado, obrigado, flores sobre mim.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Apenas Sinta, Isso não Sumirá

Acho que...mais do que nunca, essa música vem a calhar. (Música da qual estou ouvindo agora).


Love Song



Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever i'm alone with you
You make me feel like I am fun again
However far away, I will always love you
However long I stay, I will always love you
Whatever words I say, I will always love you
I will always love you
whenever I'm alone with you
you make me feel like I am free again
whenever I'm alone with you
you make me feel like I am clean again.
Em homenagem a este dia que me fez sentir vivo, jovem, limpo e divertido de novo.

Obrigado.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Recomeço

Voltei...


Embora tenha dado um booom tempo, até mais do que deveria, estou aqui para escrever algumas porcarias, e assim ocupar o seu tempo com isso...


Devido ao meu maldito trabalho, faculdade, e afazeres no geral, tive de dar este tempo, e muitas vezes senti a minha inspiração fluir, de forma muito forte, por sinal, mas não me sentia preparado para passar as minhas podridões para cá.


Bem, espero que gostem dessa minha nova fase, não garanto ser fiel à minha introdução, ou àquilo que passei inicialmente, mas darei continuidade a isso até eu morrer, eu acho...rs. Como dizia um alguém muito importante para mim...'É sempre assim, eu começo escrevendo aqui e depois paro...e começo outra vez como se eu fosse outra pessoa', pode-se dizer que se aplica de certa forma, mas não se enganem, assim como são minhas músicas e meus filmes, meus textos não deixam a desejar neste aspecto, portanto haverá mesclas e variações de conteúdo...


Por fim, fuckers, espero que gostem, prometo novas postagens. :)