quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vida de Alquimista




O vento celta me levou à direita da linha do inferno, me fazendo brotar no inverno, estando comigo, fluindo comigo, me elevando à dimensão dos pequenos grandes medievais, onde a época das trevas é vista com Luz. Uma outra dimensão, um outro mundo, um universo...não paralelo, mas nuclear, magnetizando-me para perto.
O inverno chega aos bons, e a mim, tirando o calor de dentro, elevando-o para fora, fora de tudo e de todos, deixando-nos a mercê do puro frio. Este por sinal, é mantido no ar, purificando o mesmo, e o orvalho dentro de um orvalho, que segundo alguns é comparado à vida, para mim é o roteiro universal desta dimensão. Não estamos livres? Tudo seria pré-definido, enfim?!
Deixando p´ra lá algumas ideias vindas de retardados como nós, e refletidos em nós, o vento celta se funde com a música medieval, trazendo uma sensação maravilhosa e inexplicável que vai das entranhas aos cabelos, fazendo-nos delirar de paixão a cada toque, a cada suspiro, como um potencial de ação, sendo mais intenso que o amor, sendo mais destrutivo que o ódio, sendo até, talvez, tão destrutivo quanto o amor.
Não consigo parar de viajar dentro desse universo nuclear compartilhado comigo, uma vida de sonhos, sonhos peripatéticos, ao ar livre, um sonho de liberdade desce pela minha garganta, tem gosto de anis e álcool, não consigo parar, portanto, deixo fluir, essa liberdade é bem-vinda, e este estilo de vida me agrada.  Isso simplesmente me eleva ao nada, e ao tudo ao mesmo tempo, enquanto sinto um estado doce como o coma, necromântico talvez, um estado onde desespero, ênfase, e paixão se complementam. 
Acho que cheguei ao estado do tão esperado oxímoro, traçando a mais tênue das linhas entre a realidade e a fantasia, dando origem assim, COMO DIRIA NOSSO SAUDOSO 'ZECA', ao mais incrível dos sonhos. 
A grande fusão entre universos, o grande oxímoro, o vento celta, tudo isso é automaticamente mesclado ao sons, harmonia, prazeres, ódios, medos, amores, a tudo que há de mais intenso, e isso tudo é fundido quase que instantaneamente com o nada, este que por sua vez se torna intenso, um oxímoro ao todo, um grande complemento, complemento de tudo, complemento de nada, completando toda a dialética, própria e acerca, desde que esta esteja sob o meu domínio, ou melhor ainda, se não estiver.


Um grande surto, uma grande vida, uma vida válida.


Vida de Alquimista.

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