domingo, 18 de setembro de 2011

Paralelo e Próprio






O mais incessante e intenso sonho, a sua maior viagem, você não sairá! Nem quando quiser.


E assim, fui deixando me seduzir pela aquela atraente música que me levava até o fundo da minha mente, me fazendo cavalgar nas nuvens, fazendo o amarelo virar roxo, fazendo as estrelas da minha mente serem ovais, fazendo, por mim...tudo e nada, nada e tudo. O infinito me foi apresentado de maneira subjetiva, porém real...PROPRIAMENTE REAL...talvez, subjetivamente real.
Para onde eu ia, meus pensamentos se completavam, minhas ações, as ações das outras pessoas, tudo se completava ao modo do meu pensamento. Tudo interligava-se, tudo correlacionava-se.
Estaria eu louco? Um universo paralelo dentro de mim! Muita presunção, não? Mas vamos em frente.
Conversei com pessoas, todos os tipos de pessoas, fui a todos os tipos de lugares, coisas mudando de forma, o que fazia todo o sentido mudava 'da água para o vinho', em menos de 7 segundos. Eu parava, olhava, e saía...cada hora para uma nova tela, sendo um protagonista dentro do meu próprio sonho, mas acabando sempre em mim mesmo. Mas não era uma necessária corrida em círculos, nããão! Era diferente, era alucinante, eu voava, eu respirava, e sentia a respiração, e não apenas respirava como nesse plano terreno previsível e circular.
Haviam cores, haviam ausências de cores, claridade excessiva...O QUE EU QUISESSE!
Estaria eu louco?
Nessa altura não sabia nem mais quem eu era...tudo o que me era apresentado, eu acho que era modificado, nada era real, estava dentro de mim, é muita informação, cara!
Preciso fumar...!
Fumei um maldito cigarro de melão azul neon! Eu não sei como isso acontecia, mas tudo o que eu desejava me aparecia da forma mais bizarra e contrastante possível.
Posso dizer tudo aqui, mas tudo será nada, uma vez que para você isso não significará nada, pois está dentro de mim, mas existe, talvez, por estar dentro de mim, logo, vem a questão de a vida ser um orvalho dentro de um orvalho...Vai saber, né?
Eu não parava, eu queria acordar, estava assustado, voava, acordava, e acordava novamente, e não conseguia acordar de uma vez. Acendia luzes, e elas não se apagavam quando eu as apagava.

O que era morte, nesse momento? Ou vida? Ou plano terreno?
Só me resta aproveitar, me desprender um pouco de toda essa merda, e curtir esse trip da maneira mais solidária, seria, talvez, uma missão de auto-conhecimento?
AHHH! Para de perguntar um pouco seu cético maldito, não vê que sua pergunta ecoa dentro de você? Ou seja, ecoará dentro deste universo!
Como eu me subestimo, como o humano se subestima! Enquanto existe um universo dentro de você, você se ocupa com futilidade. Você está se desperdiçando, meu caro...e eu posso ver isso com clareza neste instante, apesar de estar seriamente fundido entre a fantasia e a realidade.
Mas, uma coisa tem de ser admitida, isso aqui é fantástico.
Como acordar? Como acordar??!
Ou viver na minha própria ficção?
Mas seria ficção, uma vez que estou dentro da minha própria realidade?
Presunção talvez?
Ah, que se dane, p´ra mim é a realidade...!
Só quero entender tudo no fim.
Avistei, por fim, após muito conversar, após muito andar, após muito voar, o local do qual acordei pela primeira vez, talvez seja o meu 'sinal verde'...
Não consigo entender tudo com clareza ainda, mas eu preciso sair dessa dimensão pelo menos por enquanto, eu voltarei, eu voltarei.
Eu fecho meus olhos, e sinto uma elevação, saio do chão, e assim vou ao encontro da realidade, a patética realidade.


Por fim, me entendi. Meu sonho se realizara, um sonho na questão desejável.
Fui elevado para uma dimensão onde fui visto por aquilo que sou e não por aquilo que aparento.


Eu voltarei, voltarei a mim mesmo.

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