sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nostalgia Niilista / Falsos Valores

Eis aquele momento esperado, até porque já me conheço e não tenho mais como adiá-lo. Trágico momento em que sinto falta de algo que passou, há tempos até, mas, o que me decepciona exatamente não é o fato d´aquilo ter passado, mas o fato de que até a nostalgia ter se tornado niilista p´ra mim, uma vez que amanhã, possivelmente eu sinta essa falta exorbitante de outro fato, e assim esqueça ou releve bruscamente aquele que eu pensei 'hoje', e assim sucessivamente. É um mal sem remédio.

Tudo promove a nostalgia, tudo promove fatos passados, tudo promove aquilo que já tivemos, desde um cheiro a um gosto, desde uma sensação a um olhar. É incrível o sentimento que toma conta de mim, serei eu aquele desertor de sentimentos?
Seria uma maldita fuga?
Nesta tarde chuvosa é isso que passa pela minha mente, e creio que este maldito bloqueio de criatividade pelo qual passei tenha relação também com o fato de eu acumular tantas ideias, e por fim não conseguir dar vazão a todas. Passar em lugares, avistar situações passadas e passageiras: Vejo que essas nostalgias que sinto são baseadas mais em sentimentos niilistas que já senti, e claro, por situações meramente figuradas, rápidas, meteóricas.

Falta, afeto, carinho, carência...hahaha, eis o maldito problema sem solução, uma busca pelo auto-conhecimento, e pelo conhecimento alheio...porém, devemos convir que, seria muito mais fácil conhecer o outro lado do que a si mesmo, tendo em vista as situações curtas. Uma falta de preparo que atordoa o espírito de todos os lados, uma busca pelo tudo resultando em nada, podendo até ser encarado como uma perda de tempo. Visando tudo isso, vejo que a vida seria um extremo desperdício se nos nutrirmos unicamente de nostalgias insensatas e sentimentos vazios...

Muito apego pelo passado resulta numa falta de presente e até de futuro, você se torna um ser mórbido, que não se sustenta nem sequer em um passado verdadeiro. Resultado do niilismo aplicado, onde não tem começo, nem meio e muito menos fim, ou, podemos até dizer que o final torna-se pífio e previsível, onde nada nem ninguém fora alcançado, só a frustração e o fracasso.

Sinto que grande parte do sentimento em pauta é dor, é mágoa, é depressão, mas, existem as fugas, aqueles momentos dentre nós mesmos em que tivemos paz de espírito para dar vazão a grandes conversas e grandes atos, partilhando assim músicas, leituras, palavras, lágrimas, e até companhias (paradoxal? Talvez). A sensação aplicada e o sentimento em si nunca acaba, é multipolar onde passamos por diversas casas de espírito e razão resultando no que somos hoje, e creio que um grande fator para o crescimento espiritual e cognitivo sejam as dificuldades, obviamente, e a depressão. Uma vez que já estivemos no inferno, a visão de paraíso torna-se muito mais apurada e alcançável, e nem é tão difícil assim alcançá-lo, vindo a depender mais do nosso estado de espírito. Porém, nunca nos esqueçamos que a linha entre o 'paraíso' e o 'Inferno' é muito tênue.

O que é felicidade?
O que é tristeza?
O que é melancolia?
O que é tudo?
O que é nada?

Vejo que simplesmente somos obrigados a ENGOLIR tudo o que nos passam como verdade absoluta, e sinceramente, discordo de muita, mas MUITA coisa! Não acho que felicidade seja o que sempre nos passaram...'fuck it, i´m young!', 'Imagina a festa!', 'Carnaval!', 'Campeonato Brasileiro!', 'Vamos p´ra balada!', 'Sorria, você é jovem!', 'Vai, Corinthians!'. Você sinceramente acha que essa propaganda toda aí de vida feliz realmente traz a felicidade?! Pois eu acho que só traz burrice, futilidade e regresso cognitivo. Porém, temos de ser sensatos, a felicidade é estritamente subjetiva. Se o indivíduo acha que tudo isso é a verdadeira felicidade, o que posso, ou podemos fazer, não é? Tendência atacando!

E o melhor de tudo é que, esse conceito é passado de forma intensa, e quem discorda disso é visto como o quê?! Como louco, como 'quadrado', como 'velho', como pessimista! E depois ainda dizem que pessimismo não tem relação alguma com inteligência. :)

Com todo o respeito, caros brahmeiros, rs, eu prefiro ser visto como qualquer outra coisa do que adepto deste falso espírito jovial.

Mais do que nunca vejo que felicidade pode ser alcançada desde os momentos mais eufóricos aos mais sombrios. É impossível rotular o momento, e não vejo nada de anormal de se conseguir algum tipo de felicidade intensa na escuridão.

Mas o que é escuridão, afinal?!
CREIO QUE ESCURIDÃO SEJA TUDO AQUILO QUE OS FÚTEIS NÃO TÊM OLHOS PARA ENXERGAR, LOGO ISSO OS AMEDRONTA, CERTO?

Bem, começamos com uma dita nostalgia nada sustentável e olha onde viemos parar!

Obrigado.

domingo, 7 de outubro de 2012

Membrana / Limiar da Vida e Auto-destruição




Eis onde estamos, chegamos ao limite da vida, ao limite da morte, onde um termina e o outro começa, e assim alternando-se...cargas positivas, cargas negativas, lugares reais, lugares irreais, a subjetividade se fundindo com a objetividade, e nos levando a lugares que são reais dentro de nós, e isso é o que importa. De qualquer forma, não sejamos íons de potássio, cujos quais sempre ficam no meio de suas missões, não vão nem ficam, e quando vão, voltam rapidamente, e vice-versa, lembrando-se que ainda existe a possibilidade de ficarem no meio, devido à força elétrica, que repele uma carga positiva quando a mesma está a caminho de outra (me refiro à postura do potássio meio ao potencial de ação, e suas possibilidades...'de sair, de entrar, de voltar, de ir')...

Todos eles nos encaram, todos eles estão atrás de nós, e nós apenas observamos calmamente, enquanto vemos eles se inflando de coisas que não fazem sentido...nutrindo uma vida pequena, vazia, de fatores supérfluos, frios, crus. 

Eu, e meus universos adentráveis e diferenciados defendemos a ida ao limite da vida, a um ponto que não tem mais volta, um limiar. Queremos e vamos chegar a todos os limites vitais...a lugares que não são reais para muita gente, mas não são irreais como parecem. Chegaremos ao inferno, ao paraíso, ao extremo lado...À MALDITA MEMBRANA VITAL, E MANDAREMOS UM POSTAL, PORÉM ESPERO QUE NOS AVISTEM E NOS AVISEM COMO FOI, COMO SERÁ, E COMO ESTÁ SENDO DENTRE A REALIDADE PURA E PATÉTICA QUE ESTES HUMANOS DESFRUTAM.

Eu não quero pagar p´ra ver o resultado para o qual a tendência leva a humanidade. No momento mais importante, um verdadeiro momento limiar, todos se calam, todos se viram, todos se alienam mais, e mais, e mais...e eu não sei se consigo viver em um mundo desses. Não vou seguir a maldita multidão, não vou seguir a maldita massa. Não nos contentaremos com pouco, e para mim nada mais importa, nem sequer o meu individualismo e coletivo que coloco frequentemente aqui, cujos pivôs são 'eu' e 'nós'. 

Enquanto os comuns seguirão a tendência, a pseudo felicidade, e até o pseudo intelectualismo, NÓS vamos descobrir os limites da existência humana, seja ele causado pelo absurdo, bizarro, escroto, etc...
Verificaremos do mais absurdamente incrível às mais sujas latrinas, e estou disposto, mais do que nunca, a passar pela auto-destruição, a fim de conhecer o meu verdadeiro ideal.

E NÃO ME VENHA VOCÊ, MORALISTINHA DE MERDA, DIZER QUE ISSO NÃO FAZ PARTE DA MINHA VERDADEIRA MISSÃO, OU QUE SE CONSEGUE ENCONTRAR A VERDADEIRA FELICIDADE TENDO UMA VIDA COMUM...POIS ISSO É IMPOSSÍVEL! PARA MIM PELO MENOS É, ENTÃO, LOGO, TORNA-SE VERDADE...PARA MIM PELO MENOS...E PARA MUITA GENTE QUE PENSA ALÉM DO BÁSICO.

O que me atrai, meus caros, e creio que atrai aqueles que me seguem, cujos quais eu sigo também, É O VERDADEIRO LIMITE, A MEMBRANA VITAL, CUJA QUAL EU CONSEGUI VER EM UM BREVE SONHO DE UM SONO DE 3 MINUTOS E MEIO, MEIO À AULA DE FISIOLOGIA. Era uma verdadeira membrana, e eu estava em cima dela, ela estava me transportando, como um barco,  essa membrana simbolizava a minha vida, e havia outra membrana que era um universo paralelo, cujo qual se fundia ao meu universo, logo, esta membrana vital é tudo aquilo que sempre procurei, e tento aqui expressar parte da fusão maravilhosa que sinto quando esta é citada, e pensada, assim como a adolescência vivida anteriormente, no real passado, seja ele recente ou não, mais um limite a ser explorado, só lamento por isso não ser fácil, pela vida ser um plano falho, e pelo corpo humano ser extremamente limitado (Incrível em todo o seu nível macro e microscópico, mas limitado).

E como buscar esse limite da existência humana?
Eis uma pergunta difícil, porém, eu apelo para a auto-destruição, e tudo aquilo que a dor traz consigo, pois nenhuma dor tem seu fim sem nenhum aprendizado muito forte, e sei que é clichê dizer, mas foda-se, a dor nos fortalece mais do que qualquer outra sensação do universo.
Bem, como buscar o limite é mais complexo do que 'como não buscar o limite', e esta última pergunta pode ser claramente explicada...pela maldiiiita tendência, que acaba conosco dia após dia, e é um grande empecilho para o crescimento psicológico, assim como é uma seleção natural das coisas. Não há p´ra onde fugir, poderia ser diferente, mas com uma humanidade tão patética e necessitada de educação e atenção, pode-se dizer que é impossível enfocar o limite humano tendo a tendência sobre os teus planos. Eu ia deixar isso p´ro fim, mas foda-se, não tenho prazo, não tenho regras, não tenho sequer limites, AO MENOS AQUI NÃO, E A TENDÊNCIA NADA MAIS É QUE UM REGRESSO PSICOLÓGICO, A PIOR DE TODAS AS PESTES, A PIOR DE TODAS AS PRAGAS, SUPERA ATÉ A DOENÇA. 

Ok, ok...nós avançamos tecnologicamente dizendo...e o que mais??
Onde está o seu prazer pela vida?
Onde está o seu maldito ideal? (e é bom que seja um ideal que cole, não me venha com ideais fúteis de uma vidinha comum)
Onde está a porra do seu mundo???!

Sério, eu vejo gente cuja vida é tão vazia que me dá pena!
O cara se nutre de auto-apreciação com relação à beleza, se nutre de religião, se nutre de partidas de futebol! Se nutre de brigas, de dinheiro, etc...
Isso é uma vida PERDIDA!
Todas as fontes de prazer do ser humano se tornaram extremamente escassas, vagas, fúteis, banais e pobres de espírito e sentimento. 'O ópio de povo!!!", "Vamos distrair a nação!!"...

Logo, a humanidade sofre de uma falta de ideal muito grande, e isso é enraizado em uma série de outros fatores, que inclusive já discutimos...
Uma falta gera outra, e outra, e outra, e outra...e assim ficamos cada vez mais incompletos, mais insuficientes, sem alma, sem espírito, sem caráter, SEM IDEAL.

E aqui, meus caros, é que conseguimos ver isso claramente, o verdadeiro tamanho da desgraça, a importância para com relação àquilo que não é importante, o fator de tudo que não tem valor ser extremamente valorado, e tudo aquilo que realmente tem grande valor sendo tratado como lixo. 

Agora, mais do que nunca vejo que o meu verdadeiro ideal é chegar ao ápice da existência humana, mesmo que o preço a ser pago seja uma grande quantidade de auto-sacrifício e auto-destruição. E talvez seja isso que diferencie a mim e àqueles que me acompanham nessa jornada da massa propriamente dita. 'A busca por um ideal psicológico', eis um plano que pode e deve ser valorado. O indivíduo não tem noção do potencial que tem, porém, as escolhas que o mesmo faz o fecham, e o limitam...gradualmente.

Logo, onde me encontro?
Na tênue linha entre a realidade e a fantasia, me acompanham? :) 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Solidão

E como sempre eu tenho uma maldita dificuldade em começar o texto, e uma mania estranha de formar primeiro o título...
Talvez seja em questão do tempo que estou com ele na mente (apenas na mente) e em questão, também, da ânsia que tenho por expressá-lo e por fim, divulgá-lo (embora ache isso, como veremos a frente, uma grande desvaloração).
Não preciso de rascunhos, não preciso de 'pré-textos', nem nada do tipo, porém, talvez, isso fizesse uma grande diferença para mim, mas, sinceramente, eu acho que não há maior emoção do que escrever tudo uma única vez e de uma vez.

Pode-se dizer que, a solidão dita o meu ritmo de vida, ela chega até a me motivar em diversas ocasiões vitais. É incrível como esta, cada vez mais, torna-se presencial e necessária na minha vida. 

Creio que solidão seja o aumentativo da palavra 'sólido', uma vez que, para mim faz um intenso sentido pois, eu acho a mesma extremamente real e concreta. Citemos, por exemplo, um sentimento...seja ele qual for, ele é, e tem de ser, muito mais valorado quando é pensado e cultivado por um único indivíduo, ou até, com mais uma pessoa, e indo ao limiar, até com uma pequena roda de verdadeiro amigos. O sentimento quando divulgado para outrem, ou até, para uma comunidade, torna-se extremamente banalizado. A humanidade não está preparada para lidar com sentimentos grandes e intensos, a mesma é intensamente preconceituosa e falastrona. O humano, por si, é apodrecido, e não posso dizer que fujo a regra, porém tento ser menos apodrecido, tento apreciar os grandes sentimentos que tenho, a subjetividade que a mim se destina, e que por mim é evoluída, etc...(mas ainda estou muito longe de ser um sobre humano, assim como toda a humanidade). Logo, acho que qualquer coisa executada por si mesmo, ou no máximo por um pequeno número de pessoas confiáveis é extremamente mais intensa e valorada do que o que é cultivado com um maior número de pessoas que não inspiram confiança, não só pensamentos mas atitudes, fatos, crenças...

A triste e verdadeira realidade é que, quando algo é exposto a sociedade, não existe mais o respeito em si (creio que nunca existiu, mas hoje mais do que nunca), tudo é distorcido, tudo é desvalorado...ninguém se importa com nada, além do seu próprio umbigo, é cada um correndo pelo seu e que se foda a raiz do sentimento, do fato, ou do que quer que seja.

E, claro, valoração tem de ser diferenciada de sensacionalismo, que eu particularmente acho a forma mais patética de pseudo valoração. Todo mundo se 'preocupa' com aquilo inicialmente, demonstram uma falsa importância, um sentimento patético de suprimento da própria vida, que por sinal é vazia, e dias depois se esquecem, e se prendem a outra coisa, se nutrindo de outros fatos, vivenciados e enraizados por outrem. Logo, divulgação seria uma forma de catástrofe.

Enfim, a solidão realmente é uma das raras fontes de prazer que pode e deve ser explorada por aqueles que ainda pensam, por aqueles que se importam consigo mesmo, e que por fim contem algum tipo de racionalidade elevada. E difíceis são as pessoas que podemos compartilhar essas ideias, sentimentos, fatos, e atitudes. É como eu disse nos textos passados, são raros universos paralelos que podemos ter a honra de adentrar, e consequentemente, dar abertura ao nosso universo ser adentrado pelos pivôs destes universos citados. Podemos ver claramente a solidão como a maior forma de racionalidade, e podemos compartilhar essa solidão com outros raros solitários, sentindo assim o maior prazer cognitivo que pode ser sentido, o compartilhamento. Mas isso não seria uma quebra da solidão? Um tipo de 'solidólise'??? rs... Não acho! Assim como faço meus termos, faço minhas ideias, e consigo assim unir paradoxos, e fazer desses até pleonasmos na minha mente que talvez nem eu entenda.

Por fim, acredito que a solidão não seja o mal do século, mas apenas mal interpretada. Tudo deve ser visto de diversos ângulos, e acho que o sentimento dentre a solidão (mesmo que esta não seja exatamente a um só, como vimos) é a forma mais sólida e valorada de sentimento. E mais, a solidão é uma fuga da patética realidade da qual fazemos parte, uma forma de expor toda a nossa surrealidade, todo o nosso verdadeiro potencial, seja ele subjetivo e até objetivo.

Resgate de valores, a eterna busca pela solidão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

La Muerte



Verdadeiro sentido...
Sentido de tudo, de nada, da base ao ápice, um motivo, uma razão, um Deus, um Diabo, um significado, uma vida.
Tenho refletido muito, e as consequências dessa reflexão são dolorosas, reflexão cujo tema é a vida, e principalmente...a morte.

Certa vez vi em um filme, um professor universitário, no final de sua aula, citando um poema, muito interessante por sinal, sobre a morte. Este poema citava a importância da morte com relação a vida, e a colocava até como 'a causa que dá um sentido à vida', e cita também que 'se soubéssemos o dia e a hora que fôssemos morrer, ainda estaríamos com a bunda de fora, e com uma lança nas mãos (primórdios)'. 

Posso dizer que este poema que me deu as últimas forças para escrever este texto, pois as forças primeiras vieram de uma conversa que tive, em estado bêbado, com meu amigo Tarta (Leonardo Pazetti). Foi uma conversa intensa, onde quase todos os pontos da morte foram abrangidos. A ironia que, ao final desta conversa, ambos estávamos apreensivos, sabe? Um medo, uma agonia, uma sensação quase que inexplicável, pois vimos que, em relação ao nosso tempo vital somos praticamente impotentes. Claro, claro, podemos cuidar do nosso corpo de forma mais atenciosa, podemos cuidar da nossa alimentação, podemos cuidar dos nossos hábitos, poréééém, EU SOU CONTRA TODO ESSE TIPO DE CUIDADO, uma vez que a vida é para ser vivida intensamente, eu não quero fazer dela longa e tediosa, e sim intensa, mesmo que para isso tenha de ser curta. Logo, entro em mais uma luta comigo mesmo: O medo inicial, ou até final(em relação à conversa), que a impotência tempórea nos causa, pois, nesta mesma conversa, o maior acordo que tivemos foi na hora que quase ao mesmo tempo dissemos: 'O meu medo não é de morrer em si, mas de deixar as pessoas que amo nesse lugar. Não sei como elas reagiriam sem mim, não sei se suportariam, tenho medo de deixá-las'. 

Cara, esse é um paradoxo terrível, e digo mais, entro em um colapso, chego a ficar anestesiado, pois sou completamente a favor da auto-destruição a fim de criar belas obras, viver e morrer pela arte. O sujeito não consegue ser incrível sem um pouco (ou até muito) de auto-destruição. Não tem como ser perfeito artisticamente estando em uma vida perfeita, isso é mito de pessoas alienadas. E outra, a vida perfeita é mais uma ilusão, cujos iludidos criam para si essa fantasia com o intuito de se enganar, e assim não se culparem tanto por suas imperfeições. Sabe, cara, é uma briga de valores, de sentimentos, tudo isso é uma grande ilusão, tudo isso é uma grande patifaria, onde os reais valores são ofuscados e escondidos por uma hipocrisia que cita que a vida perfeita é aquela que envolve a rotina, os bons hábitos, a família, a moral e os bons costumes. Discordo plenamente! A 'vida perfeita' que nos é passada não passa de um grande papo furado, é só merda! A 'vida perfeita' não é perfeita. A real vida perfeita é aquela que tem o sofrimento como base, é aquela que nos dá sentimentos profundos e obscuros, que nos mune contra as situações mais intensas, e que, por fim, nos faz criar coisas belas, intensas e profundas, mesmo que o preço seja a destruição de nossas vidas. Resumindo, a vida perfeita é já ter estado no Inferno, e conseguir ir de lá para o paraíso sozinho, e voltar quando quiser, utilizando assim do seu livre arbítrio, usando sentimentos, tudo pela maldita(?) arte.

Mas, voltando à morte em si, creio eu que, todo mundo, sem exceção, sente um grande medo na hora que está prestes a partir e situações do tipo. Essa ideia, que inclusive citei inicialmente, que 'eu apenas sinto medo de morrer, por causa das pessoas que vou deixar por aqui' acho real, porém não única. Não acho que é só isso que me deixa com medo de partir, mas também tudo que ainda eu tenho para fazer, coisas que eu quero ser, fazer, ver, sentir, ouvir, cheirar, eu realmente não gostaria que fosse a hora ainda. E também tem o fato do medo em si na hora de partir, como diria Renato Russo "Sentir a sensação estranha que é a morte'. Eu, mas não só eu como quase todo mundo, sentirá medo dessa sensação inevitável.

Por fim, caros leitores, só lhes posso citar que, a morte é um dos assuntos, e na minha opinião, O ASSUNTO mais importante a ser discutido. Nisso vimos, como já citei um zilhão de vezes eu acho, de base a ápice, do começo ao fim. Mas, um fim não deve ser apenas o fim, eu não pretendo ter meu fim no fim. E o que fazer quando a morte vier? Como ela vai vir? Como ela cheira? Tantas perguntas, tão poucas respostas. O tempo dirá, No seu...e no meu leito, amigo. 


Obrigado. 
Not Enough!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Doença

Sim! O garotinho do olho verde aqui, que todo mundo acha que sabe o máximo da vida dele, cresceu, e sente os efeitos de ser um possível adulto mais do que nunca. Possível?! Bem, tenho a dizer que sou mais adulto que muitos adultos mais, supostamente, adultos por aí. E sim, gênio, eu tava falando sobre mim, só que em terceira pessoa...


Sim, é a doença! A maldita doença!
Você que olha superficialmente para tudo e para todos, sem se importar, fazendo-se um cúmulo de presunção, ditando a verdade absoluta, sem se importar com a verdade alheia, e com a verdadeira realidade, não sabe um terço do que acontece aqui dentro...de mim!


A doença me corrói, a doença me excita, a doença me aquieta, a doença me assombra, a doença me mata. A doença, amigo! Sabe qual?!

Bem, eu lhe digo qual!
A doença de me corroer por dentro, ao lembrar do meu passado, das chances aproveitadas e perdidas, a doença de não ter uma motivação para viver, a doença da paranoia, a doença de sentir o seu corpo arder e doer da pior forma possível, em questão de raízes psicológicas.


Isso foi apenas um leve prelúdio sobre aquilo que você verá, uma forma despudorada sobre a mais podre doença que alguém pode ter, o SENTIR em si, aquilo que te entope, e o fedor que sai de você.


Ideias que não fazem sentido, você se sente um pedaço de lixo, vivendo em uma dimensão em que você não faz parte. Você, e seus malditos olhos verdes, a coisa mais superficial e patética! Atrás desses olhos, meus caros, tudo pulsa, tudo se omite, tudo passa, tudo força...


A ESTABILIDADE ESTÁ AQUI COMIGO!
EM UM MOMENTO EU SOU AQUILO QUE SEMPRE QUIS, E EM TORNO DE UM MINUTO ME TORNO NOVAMENTE...AQUILO QUE NUNCA DESEJEI SER!


Mas vamos com calma, não deixando o nosso pessimismo abalar nossa sanidade...MAS QUE MALDITA SANIDADE???!
E COMO SER SÃO??
COMO VOCÊ PODE SE DECLARAR SÃO SE...VIVER É A MAIOR LOUCURA QUE SE PODE ENFRENTAR???!


Bem, viver pode ser bom, mas até que ponto?!"Mas Deus disse..."


E VOCÊ CRISTÃOZINHO HIPÓCRITA QUE ADORA JULGAR OS OUTROS, ME RESPONDE UMA COISA????!
QUE CRISTÃO NUNCA SE REVOLTOU CONTRA DEUS??!


Não venho aqui pregar o 'anticristianismo' se assim podemos chamar. Mas, qual o verdadeiro sentido da vida??!
Porra, p´ra quê tantas perguntas da minha parte?!
Eu sou um aspira a escritor, deveria conter as malditas respostas!


ERRADO!!
TENHO TANTAS, OU MAIS DÚVIDAS DO QUE VOCÊS, TALVEZ!


A vida é um plano feito para se fracassar. E tendo isso em mente, qual a motivação que sobra para se viver?!
Talvez a motivação seja viver dentro do seu universo! Um universo PARALELO E PRÓPRIO, cultivando da sua própria insanidade, e dando passagem para aqueles que te entendem a adentrarem o seu mundinho, e assim tendo acesso a outros universos, àqueles universos que valem a pena ser adentrados.


Mas, não vamos desviar o foco (MAIS DO QUE JÁ ESTÁ DESVIADO)..


...A MINHA DOENÇA É A PIOR DE TODAS AS DOENÇAS, CUJOS HUMANOS (AQUELES BENDITOS DIFERENCIADOS) PORTAM TAMBÉM....


...DOENÇA DA PARANOIA, DOENÇA DE VOLTAR PARA UM MALDITO LUGAR E TER DE VER AS MALDITAS PESSOAS NOVAMENTE, DOENÇA DE TER MEDO DE FICAR SOZINHO, DOENÇA DE ESTAR ESCREVENDO UMA PORRA DE UM TEXTO E TER MEDO DE SER JULGADO POR ISSO, E POR FIM, A DOENÇA MAIS DOLOROSA, AQUELA DE SENTIR E SABER QUE EU NÃO TE CAUSO NADA.




Logo, o meu antídoto é você. Mas você não existe. 




...Logo, viver é incurável.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Niilismo Aplicado




Faz um ano já, e parece fazer um dia. É incrível como me lembro daquele fatídico momento em que soube da tua morte. Curioso também como com o tempo a minha vida mudou, a situação virou, as pessoas mudaram, ficaram e passaram...de forma marcante, algumas de forma brusca, grotesca, e outras de forma leve e comum. Eu sei que ao pensar em algumas poucas pessoas, meu coração sangra. Mas, enfim, é engraçado sentir como tudo era há um ano atrás, e sentir com a experiência...a felicidade se esvaindo, cada vez mais...cada vez mais.


No mais, Amy, eu sinto a tua falta.      ♥   

domingo, 22 de julho de 2012

A Luz que o Passado Traz Consigo




Não ocuparei espaço para dizer que eu voltei, pois isso é óbvio...uma vez que estou escrevendo aqui, certo? Logo, pouparei o seu tempo e o meu.

O meu foco aqui é demonstrar todo o meu desejo de ter vivido um passado distante, algo que hoje não passa de um leve reflexo, um monstro que hoje não passa de uma sombra.


Noite passada eu tive um sonho intenso, insano e lúcido, extremamente lúcido. Não venho aqui falar dos meus sonhos obviamente, não direi que falar de sonhos é bobagem, mas nesse caso seria perda de tempo. Mas este foi tão foda, e em uma época da minha vida tão complexa e significativa que vale a pena ao menos citá-lo e descrevê-lo.


Bem, eu estava em um trem, em torno dos anos 20, ou 30, sinceramente não me recordo, e eu olhava para fora, agoniado e ao mesmo tempo extasiado. Eu via tudo como era naquela época, e passava também ao lado do cemitério da Quarta Parada, uma vez que o percurso abrangia o mesmo que a linha vermelha faz (pois é, até no sonho eu sou pobre, Manolo), mas, enfim, parece que o passado traz consigo toda uma grande magia, uma alta magia, algo impossível de se descrever, e traz também algo sombrio, porém, para aqueles que conseguem ver além de tudo que o óbvio coloca como padrão, uma luz dentre uma escuridão, um paradoxo que faz o sentimento mais incrível ser sentido.


Mas, toda hora eu entro em uma briga comigo mesmo, afinal, hoje não é o 'antigamente' de daqui a uns 70 anos? Ou até em menor escala, 2012 é o antigamente de um futuro não tão distante.


Porém, eu rebato esse argumento de forma brilhante na minha opinião, pois eu envolvo o aspecto moderno e tendencioso da coisa, que antigamente (comparando a hoje) não tinha, ou pelo menos quase não tinha. Toda essa tendência e esse mundo moderno me deixa extremamente 'sem tesão' de viver. Porra! É tão desanimador ver toda essa tecnologia, todo esse individualismo, e principalmente essa geraçãozinha de merda que se forma, cuja qual gosto de chamar de 'geração leite com pera', um bando de futuros fracassados, criados dentro de um apartamento, cheio de mimos e afins. 


(NÃO, NÃO E NÃO, EU NÃO VOU CITAR O OUTRO LADO DA MOEDA, COMO POR EXEMPLO O ALTO ÍNDICE DE PARIDADE, SUPERLOTANDO A CIDADE, AS FAVELAS, E AFINS, ISSO FICA P´RO PRÓXIMO. UMA CRÍTICA SOCIAL AQUI NÃO É O MEU FOCO).


Logo, em um período clássico, muito anterior a este, e até em uma época primórdia, creio que o desejo de se viver é muito mais desejável. Quando vejo fotos do passado, e até um passado levemente recente, como por exemplo, uns guris que foram em 1998 à noite no cemitério da Vila Formosa beber ou algo do tipo, vejo muito mais curtição, uma diversão muito maior, um entretenimento não artificial. Caralho, parece que com essa modernização de merda e futuros fracassados se desenvolvendo (contando até os já desenvolvidos) tudo está perdendo a naturalidade, a espontaneidade, e essa perda dá lugar a uma grande falcatrua, a uma grande artificialidade. Tudo parece falso, e nem vou citar o argumento cópia de uma cópia de uma cópia, porque nem ao menos é parecido com antigamente.


Ao menos nós temos os livros, a prova mais fiel do passado, de como as coisas aconteciam. Não digo que antigamente não haviam falcatruas nem filha da putices do tipo, e claro, a liberdade era escassa, porém não haviam tantos 'posers', tanta falsidade, creio que o instinto antigamente falava mais alto. Na boa, na minha opinião houve um grande regresso, e arrisco a dizer que estamos em uma época parecida à Idade das Trevas, não no sentido tecnológico da coisa, obviamente, mas no sentido de qualidade de vida. É tudo uma grande corrida, sempre estamos com pressa, tudo superlotado, o Niilismo impera nessa sociedade mais do que nunca, o que aconteceu, o que foi feito, em dois dias será esquecido, e assim sucessivamente. Volto a dizer, mais do que nunca, nem o próprio humano se sustenta(Né, Nietzsche? Mais do que nunca, caro bigodudo).


(Obs: E uma das coisas que mais me irrita é ver como grandes símbolos históricos estão sendo destruídos e mal cuidados por essa sociedade hipócrita e claro, pelo governo escroto que nós temos e colocamos lá. Isso detona qualquer pensamento afetuoso pela história).


Bem, o melhor a se fazer para se ter algum tipo de êxito dentre a minha insanidade é ter em mente sempre um reflexo do passado, mesmo que você não o tenha vivido, porém nunca deixar ele virar uma sombra.


Por fim, a luz que o passado traz consigo é a inspiração.

sábado, 19 de maio de 2012

Moral Sangrenta

"Isso vai me matar?
Tanto procuro por isso, será que finalmente, acidentalmente conseguirei???!"


O nariz começa a sangrar, incessantemente. Há uma doença em questão, ele sente sua vida se esvaindo naquele sangue avermelhado, quase negro, que escorre de suas narinas. Todos o veem como um leproso, como algo que deve ser proibido, como algo que deve ser escondido, e por fim morto. Logo, ele sente, carnalmente, a hipocrisia se tornando uma navalha, a ironia é que ele já estava sangrando antes dessa navalha cortá-lo, lentamente.


"Tudo vem junto", ele pensava!
Em um minuto, a fama, a glória, a adoração, o bem-estar, e noutro, o olhar de nojo, de piedade, de vergonha.


Insensível e irreal quem diz que, a opinião alheia não o incomoda, pois uma vez que somos verdadeiros leprosos, só temos a nós mesmos, e a nossa própria lepra para descontarmos tudo o que sentimos.


-"Hipócritas e escrotos é o que são!
Os maiores leprosos dá humanidade são os leprosos de espírito!"- Ele disse, enquanto seu nariz jorrava. Pode não ser lepra, pode não ser nada, pode ser tudo, porém, uma vez que se é diferente, e ocasionalmente se está exposto, você é visto como escória, como um grande esgoto ambulante, cuja  existência é um pecado. Então, vamos falar de pecado! Este é parente próximo do bom senso, que por sua vez é um grande condimento da "pseudo-moral" humana. O bom senso em si seria a maior hipocrisia já praticada, pois uma vez que você o pratica, você está dizendo não à sua maldita existência, e a si mesmo, eliminando tudo aquilo que o hipotálamo produz. Logo, seria a moral humana falsa?
E seria o pecado uma forma de virtude??!


Veja, se tu pensa, não tem como permanecer moralista e são!
Logo, a moral não existe! E o "pecado" (que os cuzões religiosos citam) um grande SIM à vida.
(AGORA EU TE ENTENDO, NIETZSCHE!)


-"Tudo está se esvaindo, nada está ficando, nem de bom, nem de ruim, nem de ruim, nem de bom, e qual a diferença entre esses dois? O que é moral??" -  Eis o pensamento do guri, enquanto o sangue escorre para o ralo, enquanto tudo escorre, enquanto tudo se esvai, enquanto ele vai morrendo aos poucos, e as pessoas recusam-se a ajudá-lo, uma vez que, devido boatos, todos acham que vão ser contaminados se chegarem perto do pobre rapaz.


Em seguida, dois brutamontes chegam, e finalmente levam o garoto para longe, e nunca mais se teve notícia alguma do mesmo. A única coisa que permaneceu foram os pequeninos restos de sangue seco, que anteriormente encheram o local onde ele sangrava como um porco que acabara de ser açoitado.


Por fim, não fez sentido, ou fez sentido, mas a moral continua falsa como o termo pseudo.




LOGO, FAZ ALGUM SENTIDO A EXISTÊNCIA HUMANA E SEUS VALORES?



domingo, 1 de abril de 2012

A Impossível Completude Humana

"Ei, humano, você já conseguiu ser completo?! Completo por completo?! completamente completo?! Completo com toda a completude que pode te completar?!"


Bem, enquanto pauso o som aqui, porque a merda da minha internet tá uma merda, entro em um monólogo interessante, e mais uma vez, pois, este texto estava para ser escrito a mais ou menos 3 semanas atrás, e claro, o estou escrevendo no momento mais propício, ou seja, em um dia antes de ter uma prova na faculdade. Foda isso aí.


A felicidade humana, a triste, impossível e paradoxal felicidade humana. Algo inatingível, uma vez que felicidade tem plena relação com completude, e ambos são paradoxais isoladamente, e principalmente correlacionando-se.


Pense..


Acho que o sonho de toda pessoa inteligente é conseguir relacionar vida financeira, intelectual e amorosa dentro de uma vida só..
Administrar tudo isso, sabe?
Bem, eu acho impossível. E você, seu hipócrita de merda, que está dizendo que: "Eu estou com a minha pessoa do lado e é isso o que importa", está jogando fora a si mesmo, sua inteligência e tentando me convencer para depois eu te convencer que você é feliz.


Para!
Pensa!


Você sempre sentirá falta de alguma coisa!
Quando não se tem nada, você sentirá falta de grana, de um bom carro, de um bom computador, de uma boa casa, daquela gostosa que você viu no seu trabalho e não te dá bola, enfim...
Suponhamos que sua vida radicalize, e de repente você tenha o mundo...
Meu caro, você sentirá falta dos teus problemas, e de ser um miserável insignificante.
Tudo será extremamente fácil na sua vida..


É mais ou menos aquela história do tudo sentir falta do nada, do nada sentir falta do tudo, e até do tudo sentir falta de sentir falta de ter tudo.


Enfim, sempre arrumamos problema, sempre reclamamos deste problema, e podemos até resolver este problema, e na ausência do problema, nós reclamaremos pela falta dos problemas, "pô, tá tudo tão parado". - Daí vem o escroto de merda, burro, escutador de pagode e diz: "Ah, eu com muito dinheiro não teria problema algum , ficaria feliz o tempo inteiro, e blablabla", bem, amigo, poderia até ficar por um tempo, mas nem vou arriscar que tu ficaria infeliz, uma vez que você tem um cérebro de macaco. Você queimaria esse dinheiro em algum investimento furado, tipo uma clínica de aborto, e depois culparia e se jogaria contra Deus, uma vez que, você é muito fraco para assumir a culpa do seu próprio fracasso, né? Típico do povo da 'cumunidadi', cujo qual se diz cristão até acontecer alguma merda-.


Voltando ao ponto...
Como conseguir a completude, caros leitores da merda que eu escrevo?
Como conseguir?


É impossível conseguir administrar bons estudos, vida financeira (que é uma merda para todo mundo que é honesto) e uma vida amorosa. Um destes sempre vai cair.


Quando você tem uma garota linda e inteligente do lado, você sente falta do seu tempo livre, dos filmes, do "ficar em casa e descansar em paz", do sair com amigos e foda-se, do manter contato com quem realmente quer, e do seu querido dinheirinho. Hahaha!


Quando você tem sua liberdade, seus livros, seus filmes e seus amigos, você sentirá falta de uma garota linda e inteligente para estar com você, e aguentar a carga diária ao teu lado, para dar aquela boa foda, para ter momentos incríveis, para ter uma grande companheira e amiga, e tudo o mais, e sentirá falta também do seu dinheirinho.


E quando você tem o seu dinheirinho, você sentirá falta do seu dinheirinho...HAHAHAHAHAHAHA!


Bem, espero que o meu ponto tenha sido entendido, uma vez que é impossível assimilar tudo de uma vez, e ser feliz de uma maneira incompleta. Meio termo não é comigo, porém ele tem de existir. - MALDITO MEIO TERMO! -.


Condição humana não suficiente?


Not Enough!

Fantasmas do Passado





Reviver um pesadelo? Viver em defensiva? Eis grandes marcas...parcialmente superadas, e que do nada me assombram. Porém, lhes devo sinceridade neste ponto, uma vez que, superei até que bem, mas pelo tempo que passou, seria normal eu não ter superado, e olha, alguns não superam. Isso tudo GRAÇAS A PROFESSORES ESCROTOS E INCOMPETENTES, PESSOAS DESGRAÇADAS E CUZONAS, DIRETORES/AS DE ESCOLA GORDOS/AS E SUADOS/AS QUE FICAM COM A PORRA DO CU NA CADEIRA O DIA INTEIRO SEM FAZER PORRA NENHUMA, E TUDO QUANTO É TIPO DE GENTE QUE COME MERDA. São graças a esses filhos da puta que morre muito inocente, que muita gente sofre. Estas marcas ficam p´ra sempre e até pode resultar em suicídio. -Wellington de Menezes é um caso clássico-. Bem, bem, bem... Superei quase que completamente, e devido desgraças passadas, consigo usar ferramentas que fazem com que eu tenha defesa em diversas circunstâncias, em diversos lugares, de diversas formas, enfim...diversidade, caro humano, diversidade...comunidade, curiosidade! Apenas esqueça, ok?! 


Certa vez, o Kai favarette, uma das raras pessoas que valem a pena nesta vida para mim, me disse "Você tem de enfrentar seus maiores medos e fantasmas, escrever sobre aquilo que te causa náusea. Ir a fundo no seu ser, e expor isso. Arte é dor, amigo. Arte é dor". E eu, 3 meses após ele ter dito isso, consigo aqui expor algo muito importante do meu passado, que faz parte da minha integridade física, psicológica e até social, logo não terei vergonha, pois foi isso que me formou, e graças a um passado escroto, consigo hoje ter a noção de ter evoluído de alguma forma. - Calma, Nietzsche, não estou achando um inimigo diário em mim mesmo, mas como teus próprios argumentos disseram, algo mais do que necessário para o crescimento cognitivo do indivíduo é encarar diferentes fases em sua vida, ser diferentes coisas até certo período, e no período mais importante desabroxar, crescer, finalmente ser aquilo e realmente ter um conceito das outras coisas, e não um pré conceito (na nota, as fases, ou estados de espírito eram religiosidade, ceticismo, e afins). - Bem, devo ser franco quando digo que, talvez eu não seria o que sou agora (não estou me gabando, nem me vangloriando, apenas apontando meu estado atual e permanente de espírito), sem aquele passado tosco e sofrido por ter de conviver com gente da pior espécie. -Não que eu não o faça atualmente, haha. - Mas, terei uma briga interna neste instante ao dizer que, meu espírito não é permanente, e muito menos o estado dele, estou plenamente aberto ao aprendizado, ao saber e ao que realmente me interessa, logo me fechar seria tolice, seria tolice! Não farei como os demais, e não me fecharei, não deixarei a defensiva e nem a estupidez me emburrecer.


Porém, explorando agora algo muito importante, todo o sofrimento pelo qual passei anteriormente (bullying, falta de defesa, aguentar calado, burrice), me deixou munido, demasiado munido, e tenho constantes síndromes de conspiração contra mim, e afins, alguns dizem que sou até paranoico, acreditam??? rs 


Mas falando sério agora, viver em defensiva é inevitável depois de tudo o que ocorreu, e nem é um passado tão distante não, se eu considerar relações amorosas, uma vez que, merecidamente, tive o coração partido há um tempo atrás, mas isso sim foi superado, e talvez eu esteja também um pouco munido neste aspecto, mas bem menos do que no sentido "não amoroso" da coisa. Passou? Sim, passou... Mas muitas marcar ficam, e a grande questão deste pequeno texto é: VALEU A PENA TER PASSADO POR TUDO AQUILO? SERÁ QUE EU SERIA MUITO DIFERENTE CASO ALGUMA COISA DO MEU PASSADO FOSSE ALTERADA? 


Talvez, talvez.. Não estou dizendo aqui que eu era o Boça, ok? E inclusive, consegui me defender dentro do Inferno mesmo, conquistando até parte do Paraíso...-Sim,  são metáforas, e foda-se, - Em resumo, virei um grande filho da puta em diversas situações, e consigo me defender bem atualmente, coisa que antigamente eu não conseguia, logo, citando novamente, embrutecido eu estou. Bom ou ruim? Sinceramente, não sei nem dizer se tanto faz numa ocasião dessas, mas sei que, eu tinha tudo para ser um virgem babaca e 'bananão', e bem, estou anos Luz à frente deste nível - Agora, imaginem então os 'funkeiros' em que planeta estão, hahahaha, - Foi até benéfico, mas acho que o que fez a diferença mesmo, no aspecto bom da coisa, foi conseguir me soltar, conseguir pregar algumas amizades - ou até pseudo amizades, né -, conseguir transar um pouco (isso tudo na adolescência), e ir p´ra cima dos filhos da puta e ser mais filho da puta ainda. Tenho muito a evoluir na filha da putice ainda, claro que tenho, mas nem faço tanta questão, uma vez que estou em paz com a minha santa mamãe, rs :) Sim, estou divertidinho até, não? Logo, foda-se, e não estou usando auto-afirmação não, como tem muitos 'fodões' que fazem, e na hora que a chapa esquenta é o primeiro a pular fora do barco. Estou no barco, esteja ele em bom-bordo ou em naufrágio. Esperei, e encontrei a paz, mas muitas vezes os fantasmas do passado aterrorizam bem de leve, mas já foi muito pior, a ponto de chegar a dar calor, frio, sono e medo, entre outros. Superei? Grande parte sim, e esta noite consigo expor tudo aquilo que me dá náusea. Thxxx, Kai. ♥ 


Ps: Note a diferença de ânimos do começo para o fim do texto. Interessante como escrever é realmente incrível.


Ps do ps: O passado nunca morre, logo, a única maneira de superar é se aproveitando dele.


Ps do ps do ps:  O único modo de superarmos algo é fazendo com que aquilo que nos derrubou se torne a nossa melhor defesa e o nosso melhor ataque, quando necessário. Nada acontece sem ter um significado ou uma razão, e são nos piores momentos de nossas vidas que percebemos o quanto é lamentável e ao mesmo tempo louvável o ato de estar vivo, a mente do ser humano é surpreendentemente poderosa e é apenas ela que pode nos ajudar no fim das contas, ou nos matar.


Créditos pela última parte ao Tarta Pazetti.

domingo, 18 de março de 2012

Em Fogo



Ápice, extremo, êxtase...

Sensações das quais nunca teríamos nem em um milhão de anos. 
A Luz era vermelha, e arrisco dizer, até vermelha neon.

Ali estava ele, assustado, em um mundo onde realidade e fantasia se cruzavam.
À distância o pobre avistava jovens se punindo, se cuspindo, se urinando...

Um mundo onde nada fazia sentido, assim como quando estamos quase entrando no estado do sono em que sonhamos. EU DISSE QUASE!

Não entrara ainda, ainda não.
Aquele pensamento que o impossibilitara de entrar, e de fugir!
Barulhos infernais, tudo o que era de mais bizarro...tudo que ele mais temia, tudo era apresentado a ele, ele não conseguia acordar, isto é, se estivesse sonhando!

Nada mais tinha razão alguma..
Ele corria e avistava pessoas com 7 braços, 50 olhos,  falando em um idioma indecifrável, com máscaras de oxigênio, e isso sem falar nas larvas que o devorava.

Ele em pânico conseguiu misteriosamente voar, conseguiu cuspir uma substância que era de uma cor que em vida ele nunca tinha visto.

Era um mundo no mínimo estranho, ele estava se adequando talvez, nadando em lençóis, pulando com extintores, matando a si mesmo e continuando vivo..

Entrando no sadismo, ele fodia uma porca com toda a sede que sorvera seu leite, e até seu suco jovial. A porca virara a deusa Ísis, ele havia fodido uma deusa, ele se tornara um deus. 

Glória ao Caeser!!!!
Glória ao Caeser!!!!

O que mais vale a pena?
Ser rei em um mundo de aberrações, ou um louco em um mundo de pessoas normais??

Logo, os normais seriam aberrações?
Logo as aberrações seriam os loucos?
Os loucos seriam normais???
Por que você só avalia os 4 dedos que vê?
Por que você não avalia o conjunto da obra??

Por que você se questiona tanto??

Cuspa sangue, alimente o seu inferno astral, goze na cara, pura cunilíngua, você agora é um rei, Caeser!!!

Já sei, talvez estamos no império romano!!!

...e qual a diferença do império romano para a atualidade???
Qual a maldita diferença??!
Uma vez que somos torturados com palavras e olhares, e mortos com pragas e desgraças que os ditos 'normais' nos jogam!

Seu time perdeu!
Amanhã você tem aula!
Amanhã você tem trabalho!

Amanhã, amanhã, amanhã!!

Foda-se...
Bebo a tua urina...
Engulo teu sangue!

Viver como aberração!
Em fogo, em fogo eu viverei!

Assim como Calígula, o meu querido Caeser!
O Caeser dos Caesers!!!!

A maldita vida continua...!

Em fogo, novamente..
Uma maldita bola de fogo entra em mim, voltando ao meu maldito sonho, volto ao nada, e do nada me crio novamente, e assim indo e vindo, vindo e indo...sucessivamente, como a maldita Phoenix!

Estou em fogo, meu corpo transpira!
Assim como sou tudo, não sou nada!!
Não entrarei no maldito Niilismo não...fiquem tranquilos, palermas!
Sou seu Caeser, assim como sou apenas um grão de areia!
Eu não sou nada, nem eu posso sequer suportar a mim mesmo.

Você tem de perceber que você é um inútil, e que nada que você faz viverá para sempre! 
Inclusive, talvez os seus atos durem mais do que você...!

Logo, sou o Caeser!

E me matarei!
Uma morte digna para uma vida patética!

Me coloquem fogo, soldados!
Eu imploro!
Sou uma aberração agora, assim como vocês...eu me transformei!

Acordando..................................
É Blutengel!

E lá vou eu para mais um maldito dia!   -.-

quinta-feira, 15 de março de 2012

Processo de Destruição Vital

A música começa a tocar. É Blutengel! E no ápice do meu sono sou acordado, impiedosamente, para mais um dia. Levantar da cama nunca foi tão doloroso, tão desanimador, tão, tão, tão...deprimente.
Fico mais uns 5 minutos na cama, mas nada além disso, e com minhas dores e enjoos matinais levanto, mais um dia para se apodrecer, mais um dia desperdiçado de nossas vidas (I´m Rafi´s Wasted Life), mais um dia para se matar involuntariamente, para ser pisoteado, estraçalhado, fatigado. 
Bem, primeira etapa concluída, agora vamos ao banho e à deprimente tarefa de escolher alguma roupa em plena manhã.
Frio, muito frio, porém infelizmente isso vai mudar, pois nesse país, cujo clima é um lixo, eu fico grudando e agoniado em questão do maldito calor.
Saindo de casa com o meu velho, de carro chego à faculdade, onde gasto muitos ATP´s. É um lugar legal, porém dia após dia após dia após dia você começa a questionar e principalmente a se questionar por que a vida tem de ser dessa forma. Estômago judiando, corpo esgotado, mente acuada e castrada, bem é assim que me sinto. Um cigarro, dois cigarros, e assim apodreço, aprendendo coisas, perdendo coisas, sentindo coisas. A rotina assim segue, e após pesados e longos estudos vou para o escritório do meu pai onde almoço e talvez consigo pouco de sossego, apenas lamento por durar tão pouco.

O estômago continua judiando, meu corpo sente, meu corpo não age mais de acordo para comigo, ele dói, ele está sendo maltratado, jogado aos vermes, o sol queima minhas costas e minha cabeça. Estou suando em bicas, e chego ao escritório. Estômago piora e melhora, melhora e piora (I´m Rafi´s instabillity). Tomo um banho, como uma junkie food delícia, como mais junkies foods ainda e assim meu corpo vai se tornando uma aberração, e meu organismo uma monstruosidade.

Após esse grande baque, vou para o trabalho, onde mato a desgraçada da minha tarde inteira. 
Chegando no lugar, fumo um cigarro, embaixo de um sol maldito, entro, passo a maldita catraca, subo pelo maldito elevador, cumprimento as mesmas pessoas, faço as mesmas coisas....e simplesmente não muda, sabe? Pausas controladas, mesma função, mesmas conversas, mesmo sono, mesmo tédio.

Após cumprir a minha pena diária, e cheia de ansiedade, saio do lugar, ansioso novamente, me despeço das pessoas, pego o metrô, e na estação fumo mais um cigarro. E assim pego o ônibus, passando extremamente mal por alguma razão desconhecida, o suor nas minhas costas não me deixa mentir.

Muito calor, estômago pesado, cansaço, sono, sensação de perda de tempo, tudo vem junto...e o mais duro é no fim do dia quando me vendo para o computador, onde passo suas últimas horas do dia.

Logo, a rotina é um processo eficaz e incrível de destruição vital.
Pensem comigo...

A destruição é frequente, e rotineira...principalmente rotineira.

E a vida continua se esvaindo.


Uma grande rotina, e ao fim dela...morrer. 


Eu não sou daqui.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A Outra História Cemiterial




Aprendam comigo crianças, o consumo excessivo faz um artista notável, seja este vício qual for, no meu caso, hoje excepcionalmente, foi kinder bueno e chá de limão gelado, engraçado, não? rs

Mas, vamos lá...

"- Olha, nem andar de escada rolante ele sabe"- Disse Maria para mim, com aquelas bochechas gorduchinhas de criança.

Muitos sorrisos, sorrisos sinceros, de quem vislumbrara grandes obras, ao lado de pessoas que, realmente, valia a pena estar.

"- Rafael!!!" - Maria gritou...
Sem sucesso...

Até que, chegando mais perto, a mesma grita, mais alto...
"-Rafael!!!!!"...
Assustado, eu e Karina olhamos para trás...

Ela nos seguiu, ela nos chamou!
A garota tem uma puta inteligência em pleno 8 anos de idade, e diz que tudo é uma 'graça'...
Uma graça mesmo! rs

Voltando do fim, sentados, fatigados, estrupiados, perto da administração, buscávamos água, primeiro Maria, depois Karina, por fim, eu...o mais atrapalhado, diga-se de passagem...
Tomei um Dorflex, sempre sinto dores de cabeça quando piro com a galera...rs

Andando de volta, de trás para frente, ou de frente para trás, tanto faz, sei que, a cada mausoléu, cada enigma, cada vida morta, cada folha em que pisávamos, tudo fazia sentido, tudo se encaixava, a harmonia aperfeiçoava-se mais e mais, assim como Just Like Heaven, do The Cure, música cuja qual saúda meus ouvidos neste instante.

"-Aqui está Tarsila do Amaral"- proclamou um gordinho, enquanto procurávamos por esta grande pintora. O gordinho é apenas um coadjuvante nessa história, mas devemos convir que foi importante e até engraçado quando foi questionado sobre a localização do túmulo...
Eu disse: "-Ela está ali?!" -
O gordinho respondeu: "-Bem, ela não, mas o corpo está...!"
E claro, eu sorri, ironicamente e citei: "ainda bem, né? Veja gente ele fez uma grande descoberta!"
Foi por aí..

Daí, a frustração..
Eu, Karina, Tatiane e Maria, ansiosos por este momento, nos deparamos com um túmulo EXTREMAMENTE discreto cujo qual, estava cheio de nomes, e no 2º nome de cima para baixo à esquerda escrito "Tarsila do Amaral (Pintora)"...
Nós 4, perplexos, e fatigados, olhamo-nos por volta de 5 minutos, desacreditados, murmurando "- Porra, é essa a homenagem que ganha uma grande pintora como esta??!"
Mas, enfim...depois de muita procura, foi o que achamos, ao menos, o nosso orgulho estava lá em cima.

Com isso, chegando ao fim da nossa grande tarde, avistamos novamente o grande mausoléu do Conde Alexandre Siciliano, só que dessa vez tínhamos mais duas excelente companhias p´ra testemunhar também este momento.

Assim, conforme andávamos, Tatiane, uma mulher incrível, inteligentíssima, que eu não entendia como sabia tudo aquilo, fazia citações incríveis sobre a Marquesa de Santos, cuja qual, só foi considerada Marquesa, pois este título lhe foi cedido por D. Pedro I, cujo qual era amante da Marquesa, que por sinal, começara como cortesã. Segundo Tatiane, a burguesia, mas principalmente as mulheres que faziam parte desta última, ficavam loucas de raiva pelo fato de que, uma mera cortesã, uma acompanhante apenas, ganhara o título de Marquesa de D. Pedro I, e tinha um grande poder.  Tatiane também cita mais fatos importantes sobre Domitila (Marquesa de Santos), cuja qual foi responsável pela inauguração do Cemitério da Consolação. Enfim, nada mais justo do que visitar o túmulo desta importante figura, não?
Tatiane nos informa também sobre Moacir de Toledo Piza, que passando por cima, a história nos informa ter sido um advogado da turma de 1915 da Faculdade de Direito. Moacir que, por sinal, matou-se com um tiro, numa noite, dentro de um táxi, após matar Nenê Romano, mulher com a qual o mesmo teve um caso de 2 anos.

Regredindo, temos ainda o momento em que nos deparamos com Tatiane e Maria. Eu e Karina, entusiasmadíssimos pelo o que acabara de acontecer, que a frente vocês verão, vemos, mãe e filha, andando, e uma garotinha, de 8 anos mais ou menos, bochechudinha, feliz da vida em questão daquelas obras de artes, e questionando cada vez mais: "-Mãe, este é de quem?!", "- Mãe, olha aquele, olha este!"...
Uma verdadeira graça, assim como ela dizia...
E nós...Karina e eu, ficamos ali, estáticos, olhando aquele momento de raridade juvenil, um verdadeiro marco, que é desprezado por esta sociedade de babacas, sendo valorizado tão incrivelmente por uma garota de 8 anos...
Nada mais justo do que socializarmos, não?!

Assim, regredimos, ou, continuamos..rs, avistando o grande mausoléu da família Conde Matarazzo, o maior mausoléu da América Latina, e antes disso encontramos o de Campos Salles, mais discreto obviamente, que o dos Matarazzo, porém não deixando nada a desejar, mas é nele que sentamos um pouco, tiramos uma foto, e fumamos alguns cigarros. Karina e eu, quando localizamos o mausoléu dos Matarazzo ficamos perplexos, segundo Karina, eu até ajoelhei...mas enfim, nenhuma palavra que eu possa postar aqui vai definir a minha sensação quando avistei aquele mausoléu pela primeira vez após ter conhecimento. Já havia visto em 2008, porém o conhecimento abre portas, o conhecimento abre horizontes, o conhecimento abre a mente! Com certeza, Karina não consegue definir também como se sentiu, fomos do frio ao calor, do tudo ao nada, do nada ao tudo, do fogo ao gelo em 5 minutos, viajamos, e sim, tiramos fotos (me processem)...

Regredindo, Karina e eu temos o nosso segundo momento mais intenso, com relação ao diálogo, juntos, e sentados no fundo do cemitério, conversamos sobre leitura, filmes, e principalmente religião. Sobre Jesus Cristo, sobre ateus, sobre cristãos, sobre ateus mal-intencionados, sobre cristãos mal-intencionados, como a vida fácil para alguns pode ser o maio problema, e assim foi, o vinho já estava quase no fim, porém os cigarros não, e assim conversávamos cada vez mais intensamente, e geralmente os nossos diálogos são de veras, de sair faíscas. 

Com o vinho mais cheio, voltamos ao quase ponto de partida, onde estávamos ainda assim deslumbrados com toda a beleza que aquele cemitério nos fornecera, conversando sobre protestantismo, catolicismo, e a diferença de túmulos daquela época, conversando sobre os belos bustos que estavam à vista, conversando sobre tudo e todos, sobre nada e ninguém, só pelo prazer de um ouvir a voz do outro ao meio de tanta beleza, bebendo aquele vinho, que na ordem do texto vai ficando mais cheio conforme se aproxima do final, ou podemos dizer princípio. 

Com o vinho cheio, estamos praticamente no início de nossa jornada, encostados em um mausoléu, que de veras, devem ser de japoneses. Acabamos de abrir o vinho, e já fumamos alguns cigarros, a nossa conversa tem seu real ápice. Conversamos sobre tudo praticamente, desde futilidades até grandes figuras públicas. Sobre a crença do povo e a descrença do mesmo, hipocrisia dos mesmos, burrice e afins, algo que de veras tocou nossa alma, não só por esses pontos negativos, é que conseguimos ter grandes ideias, e até soluções para certos problemas, afinal não falamos apenas de problemas, e sim do tesão que dá você escrever, você ler algo que gosta, você escutar algo que te arrepia, enfim. E temos convicção de que, a harmonia perfeita, no clima quase perfeita, no lugar certo, foi que nos deu a plena aptidão para que pudéssemos discutir tudo isso da forma que foi, posso colocar aqui qualquer palavra, porém, novamente, não há definição para aquele momento, logo todos os grandes e profundos textos, são incompletos, devido a ausência de palavras cujas quais, possamos definir estes grandes momentos.

Por fim, ou no início, se podemos colocar assim, chegamos ao Cemitério da Consolação. Eu, cheio de esperanças e lembranças, afinal, há 3 anos e meio não ia para lá, e na ocasião que fui, foi de veras muito feliz, e a Karina, que nunca tinha ido, curiosa, e inicialmente, podemos dizer, maravilhada.
Chegamos com vinho, cigarros, e folhetos, que, por sinal, a Karina zoava, dizendo que eram Flyers de balada, e eu complementei a zoeira citando que os escultores dos túmulos eram os divulgadores (que nojo dessa raça!!).  E assim, fomos à administração, onde carimbaram esses folhetos, devido a questão da faculdade e horas complementares, e assim começa, ou termina um dos passeios mais incríveis que já dei a um dos lugares mais incríveis que existem.


"A verdade que tentei demonstrar não encontrará fácil aceitação. Se assim não fosse, de há muito estaria em vigor e nunca teria sido encoberta. Mas ela encontrará amigos tais, que lutarão por ela, sofrerão por ela, e se necessário, morrerão por ela. - Tal o poder da verdade".

Henry George, homenagem da cruzada anti-inflacionária brasileira. 28/02/1983



Créditos: Karina Jordison, Tatiane, Maria e Popó.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Superioridade

Viver de música...

Isto o faz esquecer do mundo, de sua maldita dimensão...
Ele flui, ele se eleva, ele viaja!

Sem aquele clichê do qual me envolvo facilmente que é deixar a mente me levar, e citar coisas subjetivas e indecifráveis aqui...
Mas, o que devo citar?

Que talvez a música me faça viver?
Que é meu combustível?
Minha motivação incondicional?!

Culpado, culpado!

O lugar ajuda muito, mas não se torna necessário, uma vez que, sob o poder do som, posso estar em todos os lugares, como posso estar em lugar nenhum.

A paixão pelo gothic, pelo industrial, pelo indie, e até em parte pelo metal, já seduziram minha alma, e movem minha vida...
Não consigo explicar o que eu sinto e o que eu acho em palavras..
Pois todas as palavras do mundo não conseguirão definir quão intensa é a sensação...

Um brinde à verdadeira música, que me faz viver, que me domina, e que a domino. Faço dela minha linha cognitiva, meu elemento de fé, minha eterna oração. (não tô citando baboseira religiosa aqui, e nem músicas afins)

Só não entendo como um indivíduo consegue ouvir pagode, funk (se é que este bagulho tosco e fedorento pode ser chamado de música), e baboseiras do tipo. Em resumo, tem que ter merda na cabeça, não é?

Serei radical, e generalizarei pela primeira vez!
Logo, por escutarmos o que escutamos, por saber de onde provém, por conhecer, e principalmente por sentirmos o som, somos superiores a esses vermes que escutam algo por modismo...!

Não envenenem a boa música, raça maldita!
Música é o que define teu caráter, logo, imagine o caráter de pagodeiros e funkeiros...rs

Escuto o que gosto pela sensação, pelos arrepios, pela paixão, e não por sentir uma excitação proveniente de um estilo musical que faz apologia ao sexo excessivo, drogas, roubo, e pedofilia.
Ao menos essa raça escuta um tipo de música a altura deles..
Engraçado como tudo é proporcional, não é? rs

Podem continuar nessa merda, raça inferior, mas dá uma diminuída no índice de paridade, tá? rs

Not Enough!

Ilusão Aplicada à Vida Moderna

...É, moderna...errrgh! rs...

Enfim, da dor nasce a bela arte, aprendo isso desde que segui nesta estrada. Dói. Mas não só na estrada da arte, como na da vida.

Sentir-se núcleo da peça, e descobrir que você é apenas mais um figurante, creio que todos já se sentiram assim, mas só os meus verdadeiros amigos entenderão..

Não venho aqui me vitimar, mas não serei hipócrita e me simbolizar como sendo uma fortaleza, isso é tolice, encarar seus verdadeiros problemas torna-se necessário, mesmo que isso vá doer.

Ser esfaqueado pelas costas, esfaquear pelas costas, viver...
Doloroso e ilusão são as palavras nucleares nessa merda aqui!
Assim como não temos o direito de fazer com que os outros conjuntos de vísceras que chamamos de pessoas sofram e sejam enganados, e me arrependo, mas já o fiz...esses outros não tem o direito de fazer o mesmo conosco..

Mas, vamos convir que, o que dói mais é você sentir-se o controle da situação, desde que começou, e descobrir que você é que está sendo controlado, por um falso jogo. Um jogo de mentiras, de sentimentos porcos, destinados e controlados apenas pela libido.

Seu mundo cai, amigo...
Seu mundo cai..

E até os propriamente mais orgulhosos cairão...
Assim como já caímos.

Isso não é auto-ajuda não, e por sinal abomino este tipo de leitura fraca e ridícula, mas quem se levanta novamente é que realmente pode bater no peito e dizer, 'Superei', não que isso vá te fazer melhor que os outros, mas fará bem para você.

Infelizmente o humano é demasiado dependente, e um fator extremamente necessário para uma possível melhora é ter pessoa verdadeiras ao lado. Difícil, não?

Mas, voltando ao foco. O que vemos mais nitidamente no mundo, hoje, é como somos enganados, como somos pisados. Mas não discuto aqui o fato consumado, e sim o terror psicológico que é: ser pensado que se estava no controle, e descobrir que tudo foi uma ilusão. A época mais incrível da sua vida, não foi a mais incrível, a vontade de desabar vem à tona, e você se sente enforcado.

Cuidado com quem tu se envolve, e não se entregue totalmente a um sentimento.

Logo, para viver bem, você tem de ser desumano.

Nostalgia





Bem, por onde começar, não é???
'Um dia você vai mudar o mundo...'
Sim, já começo com a primeira frase que me veio à cabeça do filme 'O Homem do Futuro', cuja qual, a mocinha do filme diz para o rapaz, que por sinal, pensa que ela o estraçalha em seguida, intencionalmente (...)


Esse texto estava sendo moído, remoído e mais uma vez remoído na minha mente...e eu não conseguia colocar no papel em questão de desgaste físico e mental, que o trabalho e a rotina me preoporciona, mas hoje consegui burlar o sistema...na minha folga. Que fiasco!


Sabe quando sensações bobas, nos lembram momentos passados??
É incrível, não que seja bom viver de nostalgia, uma vez que esta, em sentido demasiado e sem limites, faz a sua vida virar uma cópia de uma cópia, de uma cópia. (- Oi, Jack)...Enfim, em sentido hiperbólico esta faz você sentir falta de um momento, e futuramente a este último momento sentir falta do momento em que você sentia falta, e assim sucessivamente. Um ciclo ininterrupto, assim como a minha escrita, a literatura do ID, tudo fazendo o mundo girar, não tendo um fim, você pensando em algo, e  colocando no papel, colocando o porque daquilo, e colocando o porque do porque daquilo..e um 'basta', torna-se necessário, e não muito diferente, temos de fazê-lo com a nostalgia.


Mas cheguei no estado máximo, e, vamos dizer, vivenciei basicamente o sentir falta do tempo que eu sentia falta do tempo em que eu sentia falta, não parava, tornava-se um vício. Com relação a tudo, sabe?


Porém, nem tudo foi pedaços de inferno no meu mundo cômico. Senti de perto o sentido corporal e físico até que me lembrava nostalgia, e gostei disso. Por exemplo, uma simples gripe, traçava-me à 2008, cujos tempos fiquei muito mal, e senti novamente aquelas sensações, e paradoxalmente, achei gostoso, aquele ardor entre o nariz e os pulmões, o próprio nariz entupido, o gosto e a sensação da coriza. Doentio, não? rs
Não!
Para de ser moralista um pouco! Até os mais insensíveis chegam ao ápice da sensibilidade, basta olhar inteligentemente para si mesmo!


Todavia, o limite torna-se, mais uma vez, necessário, uma vez que o passado jamais voltará, e pela primeira vez, cheguei ao equilíbrio depois da tempestade. Foi difícil, mas cheguei.
Chega de ser dependente? Impossível novamente, porque até o ser mais independente é extremamente dependente de algo, senão dos outros, de si mesmo, e acho que é um dos meus maiores problemas. Não poder contar consigo, muitas vezes faz falta, mas vamos e venhamos (Né, Nagy?!) melhorei muito após algumas porradas, e percebi que envergonhar-se do passado é uma grande perda de tempo.


Não entrarei no tema do próximo texto, mas de veras, perceber que a sua realidade nem sempre é universal é um dos mais demasiados golpes da humanidade. Sentir-se acerca de tudo aquilo, quando se achava o núcleo. Dói, entende? (Edsooon) hahaha, subjetividade, oh, subjetividade, o que seríamos sem você?! Pena que a maioria da sociedade ignora você, ou seja, ignoram a si mesmos, e pregam a moral como se fosse algo universal e único. Um desperdício, uma catástrofe.


Voltando ao tema, uma música, um ato, um filme, uma palavra, uma dor...tudo te eleva ao passado, perceba!! Nostalgia em alto e bom som, em clara e contrastada visão, em puro e intenso sentimento!
Claro que tomar cuidado com tal sentimento é necessário, senão você pode até se matar, mas se este for, necessariamente, manuseado com cuidado, dá para interagir com o mesmo, e voltar SUBJETIVAMENTE a outros tempos.


Antiguidades, santas antiguidades!
Modernize, modernize!!!
Apenas isso é ouvido pelos vazios!
Apenas isso importa aos superficiais!


Falta tesão p´ra viver em um mundo assim, onde tudo é modernizado, onde o antigo torna-se sem valor, onde até as mentes se modernizam, e se apodrecem!
Não que a modernidade não traga consigo coisas boas...mas assim como tudo na vida, deve ser traçado um limite, e uma linha a ser feita.


Eu gosto do velho, do cheiro de mofo, daquilo que já foi lido, relido, e lido novamente, páginas amarelas de velhice, fotos preto e branco, e no mais, de tudo que já foi, e que ainda está. Destruído quase, porém está!


Isso me anima!
...e não esse lixo industrial e resultado de propagando, que nos fazem engolir!


Tenha personalidade, maldita criança!
Tenha personalidade, por que você unicamente cresceu corporalmente! Sua mente ainda é um feto!


Tudo que é antigo morre??!
Não para mim, amigo, não para mim...


Despadronizei a porra toda, não é? rs..


Se você olhar direito, verá que tudo corre acerca da própria nostalgia, valorizando esta, de forma não excessiva, mas intensa.


I´ll Back.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Reflexo de Kate






Por Chopin...a conheci, olhos como os meus...é o reflexo do passado, do presente e do futuro unidos em uma só estrutura...Necessidade sinto, sinto de ter você aqui..morder suas bochechas, cheirar seu pescoço...e andar com você grudado na sua roupa.
Seu sorriso, seu olhar, suas vísceras...tudo meu, tudo seu. Reflexo do passado, tudo de tudo, nada de nada...Sofrimento, beleza, cadência, autoria. 
Tudo é ignorado quando tenho a ti. Meu mundo estremece, meu universo fica instável,. Só queria você aqui sabe? 
Talvez um dia, talvez uma semana, talvez um mês, talvez uma dimensão...Não se sabe. Apenas sei que, ao te encontrar, me encontrarei,e a vida será bem melhor, pois você é um universo paralelo ao meu, e ao mesmo tempo você é o meu universo, e isso se funde com nossa pseudo realidade dando vazão ao nosso mais profundo sonho.
Fique comigo, Kate, não sei como, apenas fique.
Ps: Agora entende porque precisei de tempo para entregar? (faz parte do texto)
AGRADECIMENTOS A VOCÊ, POR ME FAZER VIVER, E SER O MEU ALTER EGO PERFEITO, PERFEITA SINTONIA, ATRAÇÃO...TEOREMA.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

De Luto Pelo Mundo





Deus, quanta futilidade!
Mulheres tão fúteis, e homens...tão patéticos!
Raras exceções, sabe?
E esse povo, fútil em si, é o grande ônus de qualquer tipo de progresso!
Um povo besta, que só pensa em procriar! Um povo que encara o sexo como uma fuga de suas vidas vazias e insignificantes, e o ainda por cima se gabam de alguma forma escrota, dizem ser bons nisso, ou algo do tipo...E isso os fazem se sentir melhor com eles mesmos. Patético, não? Uma verdadeira lástima!


Um homem decente não pode desempenhar seu trabalho, ou viver sua vida cercado de pessoas tão, vamos dizer, 'desprovidas de conhecimento', ou se preferir idiotas e alienadas mesmo. É detestável o fato de haver esse tipo de mistura, onde pessoas decentes são assim mescladas aos acéfalos, não tendo afinal...paz para viver.
Uma pessoa decente não consegue ser feliz se a mesma racionar, pois pense: Como ser feliz meio ao caos permanente? Não um caos positivo, que poderia levar a descobertas, mas um caos que envenena sua mente e embrutece seu coração.


Você escreve, você lê, você pensa na sua família, e nos seus valores, e escuta alguém do seu lado falando de big brother, de pinto, de músculos, de anabolizantes, de drogas, enfim! Você é exposto a tudo que é mais fútil e nojento, das maneiras mais fúteis e nojentas! E essas mesmas pessoas, hipócritas de merda, se acham no direito de julgar tudo e todos que são diferentes delas, e no fim do dia deitam suas cabeças imundas em um maldito travesseiro, livres de qualquer sentimento de culpa. Se olham no espelho, e se veem como pessoas boas, pois afinal creem em um deus vendido por alguém mais inteligente, ( que por sinal, só é acreditado quando tudo dá certo para o crente, né?:) pois vão à igreja, pois são homofóbicos, e também pois chamam tudo que é diferente de estranho, esquisito, e por fim, gay.


Enfim, e assim caminhamos cega e voluntariamente à perdição, em um mundo que só tem a piorar...lotado de sentimentos, pensamentos e ações fúteis e mesquinhas.