Fico mais uns 5 minutos na cama, mas nada além disso, e com minhas dores e enjoos matinais levanto, mais um dia para se apodrecer, mais um dia desperdiçado de nossas vidas (I´m Rafi´s Wasted Life), mais um dia para se matar involuntariamente, para ser pisoteado, estraçalhado, fatigado.
Bem, primeira etapa concluída, agora vamos ao banho e à deprimente tarefa de escolher alguma roupa em plena manhã.
Frio, muito frio, porém infelizmente isso vai mudar, pois nesse país, cujo clima é um lixo, eu fico grudando e agoniado em questão do maldito calor.
Saindo de casa com o meu velho, de carro chego à faculdade, onde gasto muitos ATP´s. É um lugar legal, porém dia após dia após dia após dia você começa a questionar e principalmente a se questionar por que a vida tem de ser dessa forma. Estômago judiando, corpo esgotado, mente acuada e castrada, bem é assim que me sinto. Um cigarro, dois cigarros, e assim apodreço, aprendendo coisas, perdendo coisas, sentindo coisas. A rotina assim segue, e após pesados e longos estudos vou para o escritório do meu pai onde almoço e talvez consigo pouco de sossego, apenas lamento por durar tão pouco.
O estômago continua judiando, meu corpo sente, meu corpo não age mais de acordo para comigo, ele dói, ele está sendo maltratado, jogado aos vermes, o sol queima minhas costas e minha cabeça. Estou suando em bicas, e chego ao escritório. Estômago piora e melhora, melhora e piora (I´m Rafi´s instabillity). Tomo um banho, como uma junkie food delícia, como mais junkies foods ainda e assim meu corpo vai se tornando uma aberração, e meu organismo uma monstruosidade.
Após esse grande baque, vou para o trabalho, onde mato a desgraçada da minha tarde inteira.
Chegando no lugar, fumo um cigarro, embaixo de um sol maldito, entro, passo a maldita catraca, subo pelo maldito elevador, cumprimento as mesmas pessoas, faço as mesmas coisas....e simplesmente não muda, sabe? Pausas controladas, mesma função, mesmas conversas, mesmo sono, mesmo tédio.
Após cumprir a minha pena diária, e cheia de ansiedade, saio do lugar, ansioso novamente, me despeço das pessoas, pego o metrô, e na estação fumo mais um cigarro. E assim pego o ônibus, passando extremamente mal por alguma razão desconhecida, o suor nas minhas costas não me deixa mentir.
Muito calor, estômago pesado, cansaço, sono, sensação de perda de tempo, tudo vem junto...e o mais duro é no fim do dia quando me vendo para o computador, onde passo suas últimas horas do dia.
Logo, a rotina é um processo eficaz e incrível de destruição vital.
Pensem comigo...
A destruição é frequente, e rotineira...principalmente rotineira.
E a vida continua se esvaindo.
Uma grande rotina, e ao fim dela...morrer.
Eu não sou daqui.
Uma grande rotina, e ao fim dela...morrer.
Eu não sou daqui.
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