Talvez seja em questão do tempo que estou com ele na mente (apenas na mente) e em questão, também, da ânsia que tenho por expressá-lo e por fim, divulgá-lo (embora ache isso, como veremos a frente, uma grande desvaloração).
Não preciso de rascunhos, não preciso de 'pré-textos', nem nada do tipo, porém, talvez, isso fizesse uma grande diferença para mim, mas, sinceramente, eu acho que não há maior emoção do que escrever tudo uma única vez e de uma vez.
Pode-se dizer que, a solidão dita o meu ritmo de vida, ela chega até a me motivar em diversas ocasiões vitais. É incrível como esta, cada vez mais, torna-se presencial e necessária na minha vida.
Creio que solidão seja o aumentativo da palavra 'sólido', uma vez que, para mim faz um intenso sentido pois, eu acho a mesma extremamente real e concreta. Citemos, por exemplo, um sentimento...seja ele qual for, ele é, e tem de ser, muito mais valorado quando é pensado e cultivado por um único indivíduo, ou até, com mais uma pessoa, e indo ao limiar, até com uma pequena roda de verdadeiro amigos. O sentimento quando divulgado para outrem, ou até, para uma comunidade, torna-se extremamente banalizado. A humanidade não está preparada para lidar com sentimentos grandes e intensos, a mesma é intensamente preconceituosa e falastrona. O humano, por si, é apodrecido, e não posso dizer que fujo a regra, porém tento ser menos apodrecido, tento apreciar os grandes sentimentos que tenho, a subjetividade que a mim se destina, e que por mim é evoluída, etc...(mas ainda estou muito longe de ser um
A triste e verdadeira realidade é que, quando algo é exposto a sociedade, não existe mais o respeito em si (creio que nunca existiu, mas hoje mais do que nunca), tudo é distorcido, tudo é desvalorado...ninguém se importa com nada, além do seu próprio umbigo, é cada um correndo pelo seu e que se foda a raiz do sentimento, do fato, ou do que quer que seja.
E, claro, valoração tem de ser diferenciada de sensacionalismo, que eu particularmente acho a forma mais patética de pseudo valoração. Todo mundo se 'preocupa' com aquilo inicialmente, demonstram uma falsa importância, um sentimento patético de suprimento da própria vida, que por sinal é vazia, e dias depois se esquecem, e se prendem a outra coisa, se nutrindo de outros fatos, vivenciados e enraizados por outrem. Logo, divulgação seria uma forma de catástrofe.
Enfim, a solidão realmente é uma das raras fontes de prazer que pode e deve ser explorada por aqueles que ainda pensam, por aqueles que se importam consigo mesmo, e que por fim contem algum tipo de racionalidade elevada. E difíceis são as pessoas que podemos compartilhar essas ideias, sentimentos, fatos, e atitudes. É como eu disse nos textos passados, são raros universos paralelos que podemos ter a honra de adentrar, e consequentemente, dar abertura ao nosso universo ser adentrado pelos pivôs destes universos citados. Podemos ver claramente a solidão como a maior forma de racionalidade, e podemos compartilhar essa solidão com outros raros solitários, sentindo assim o maior prazer cognitivo que pode ser sentido, o compartilhamento. Mas isso não seria uma quebra da solidão? Um tipo de 'solidólise'??? rs... Não acho! Assim como faço meus termos, faço minhas ideias, e consigo assim unir paradoxos, e fazer desses até pleonasmos na minha mente que talvez nem eu entenda.
Por fim, acredito que a solidão não seja o mal do século, mas apenas mal interpretada. Tudo deve ser visto de diversos ângulos, e acho que o sentimento dentre a solidão (mesmo que esta não seja exatamente a um só, como vimos) é a forma mais sólida e valorada de sentimento. E mais, a solidão é uma fuga da patética realidade da qual fazemos parte, uma forma de expor toda a nossa surrealidade, todo o nosso verdadeiro potencial, seja ele subjetivo e até objetivo.
Resgate de valores, a eterna busca pela solidão.
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