No início, um alguém, um personagem, um verdadeiro falso caráter. Ao final do início, vejamos, companheiro, acho que foi um período complicado, pelo menos o mais complicado, embora essa ilusão tenha sido extremamente árdua desde o início até o final, fui me transformando cada vez mais.
Chegamos então a um ponto em que o errado me parece certo, e...conforme o tempo passa, vou virando um estranho até para mim mesmo, e sinto orgulho disso, afinal meu início e final de início fora realmente patético e asqueroso.
Quem eu era há uns cinco anos atrás? Sinceramente não sei quem eu era nem há três dias atrás.
Finalmente algo me é esclarecido, e vejo que o meu personagem é extremamente mutável, e conforme o tempo passa ele mudará mais e mais, o problema é que não sei se realmente existo, pois tudo isso, inclusive, ou melhor, principalmente, minha vida parece uma grande e perfeita ilusão, perfeita pois se for fingimento, é extremamente bem feito, e bem produzido.
Talvez eu não esteja aqui, talvez ninguém esteja aqui. Qual a garantia que você tem que isso não é uma ilusão?
Eu só gostaria de entender tudo no final, companheiro. Só queria que algo fizesse sentido, e que eu não ficasse limitado a morrer na mente da criança.
Afinal...quem eu era, quem eu serei, quem eu sou? Quem garante que todo esse plano de vida não seja apenas a mente de uma criança de nove anos entrando em ação? Quem garante que você ou eu exista? Quem garante toda essa merda seja real?
Sinceramente, companheiro, talvez seja o fim, entender agora é o que me resta, afinal, somos, fomos e sempre seremos personagens zero.
Rafi Diaz
Realmente somos personagens zero manim, gosteei.
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