domingo, 5 de setembro de 2010

Frio da Carne


Frio, flores congeladas, minha dor é única, e teu olhar sempre o mesmo, do mais intenso e sincero ao mais vazio e vago. Nem sei mais onde estou, ou o que fiz, e muito menos o que irei fazer daqui p´ra frente, mas se algo me acontecer...saiba que meu coração congelou ao lado do teu, e no momento que você se foi, eu me tornei apenas um inútil pedaço de carne. Saiba que já foi diferente, e talvez eu já tenha sido feliz. Bom, pelo menos acho que eu era, mas tudo isso chegou ao fim, e agora o que tenho são apenas sensações de frio, derrota e medo que pairam incessantemente sobre a minha alma, isso pelas minhas atitudes passadas que magoaram mais a mim do que a qualquer outro. Mas eu magoei um alguém, e esse alguém não está mais aqui, e acreditem-me, comparsas, a sensação de não poder expressar para quem realmente vale a pena o que você sente é pior que a morte.
O frio da minha vida é feroz, voraz e destrutivo, e este me faz dia-a-dia desejar meu fim.
O frio da carne é o que quero sentir, e quem sabe...encontrar a felicidade em algum distante, e...por fim...queridos comparsas, talvez encontrar aquela que tentou me salvar e se foi como eu.


Rafi Diaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário