domingo, 26 de setembro de 2010

Desordem e Regresso

É engraçado como o peso da opinião dos pais, "amigos", colegas e irmãos, durante a infância, durante também certa parte da adolescência, e no caso de alguns....até na fase adulta, é intenso.
Quando você é criança, você assiste, escuta, vê algo, e o que vale e o que você vai aderir é a porra da opinião dos seus pais, ou de algum maldito possível irmão mais velho.
O grande problema é o seguinte, existem pessoas adolescentes, e até adulta que se deixam influenciar por tudo que dizem, achando que a porra da opinião deles valem mais do que a sua própria, ou que os pontos de vista deles sejam mais preciosos.
Vou ser franco, na infância e até no começo da pré-adolescência isso é compreensível. Mas, passou daí, meu amigo, se isso permanecer desta forma, você não passa de um "banana".
E o mais estranho, é que me sinto completamente mal e enjoado com meus pensamentos que foram influenciados dessa forma, e me enjoo ainda mais com as minhas antigas atitudes.
Agradeço diariamente pelo meu passado já ter passado, porque realmente foi um período complicado, do qual só haviam pessoas ridículas e mesquinhas para eu me "apoiar", principalmente na maldita escola, onde as pessoas fediam, e eram extremamente feias, tanto interna como externamente. Feios e patéticos.
Mas...passou, só esboço aqui minha revolta com relação aos "bananões" facilmente influenciáveis, dos quais pensam apenas pela cabeça dos outros. E a infância e a pré-adolescência vividas dessa forma, nada mais são do que um simples ensaio para um vida de merda, onde o dito-cujo será apenas um joguete de um mundo de merda seja da forma que for. Concluindo, toda essa privação de informações, e falta de incentivo, resulta nessa merda de existência, de uma geração patética de pessoas que se contentam com coisas medíocres e migalhas de pão. Uma geração podre, onde Tiririca se elege com maioria de votos, onde Mc Creu faz sucesso, onde Otakus existem, enfim. Esse é apenas um pequeno fator que demonstra a sociedade asquerosa que temos, onde ninguém tem opinião própria, e só sabem agir, pensar, e falar...na presença de vinte manés ou mais.
Bem-vindo à Ordem e ao Regresso, bem-vindo ao Brasil.

Ódio Grato

À todos aqueles que me odeiam, saibam que o ódio reflete, e eu dou risadas das tuas faces cortadas e imundas. O ódio não me corroe, tua inveja volta p´ra ti, e eu apenas olho tuas caras patéticas enojado, e com extrema indiferença, enquanto vocês acham que me importo. Definitivamente, vocês são ridículos, e sinto felicidade ao ver o quanto vocês se humilham, e claro, ao ver os constantes fracassos que vocês vêm sofrendo.
Não culpo vocês pelas suas tristes existências, mas culpo vocês pelas atitudes, que são cada vez mais nojentas e repugnantes. Mas, por favor, não se enganem, porque para mim vocês valem menos que urina, e digo mais, caros patéticos, se vocês não fossem tão medíocres, eu teria pena de vocês.
Obrigado por me mostrarem de certa forma um lado ruim do mundo, pois confesso que essa foi realmente uma prova de sobrevivência, da qual venci, e sei como vencer, aprendi a agir após sofrer muito, mas aprendi.
Só quero que saibam que vocês não têm como me atingir, estou imune a qualquer tipo de inveja, comentário ou até toque de vocês...inferiores.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Personagem Zero

No início, um alguém, um personagem, um verdadeiro falso caráter. Ao final do início, vejamos, companheiro, acho que foi um período complicado, pelo menos o mais complicado, embora essa ilusão tenha sido extremamente árdua desde o início até o final, fui me transformando cada vez mais.
Chegamos então a um ponto em que o errado me parece certo, e...conforme o tempo passa, vou virando um estranho até para mim mesmo, e sinto orgulho disso, afinal meu início e final de início fora realmente patético e asqueroso.
Quem eu era há uns cinco anos atrás? Sinceramente não sei quem eu era nem há três dias atrás.
Finalmente algo me é esclarecido, e vejo que o meu personagem é extremamente mutável, e conforme o tempo passa ele mudará mais e mais, o problema é que não sei se realmente existo, pois tudo isso, inclusive, ou melhor, principalmente, minha vida parece uma grande e perfeita ilusão, perfeita pois se for fingimento, é extremamente bem feito, e bem produzido.
Talvez eu não esteja aqui, talvez ninguém esteja aqui. Qual a garantia que você tem que isso não é uma ilusão?
Eu só gostaria de entender tudo no final, companheiro. Só queria que algo fizesse sentido, e que eu não ficasse limitado a morrer na mente da criança.
Afinal...quem eu era, quem eu serei, quem eu sou? Quem garante que todo esse plano de vida não seja apenas a mente de uma criança de nove anos entrando em ação? Quem garante que você ou eu exista? Quem garante toda essa merda seja real?
Sinceramente, companheiro, talvez seja o fim, entender agora é o que me resta, afinal, somos, fomos e sempre seremos personagens zero.


Rafi Diaz

domingo, 5 de setembro de 2010

Frio da Carne


Frio, flores congeladas, minha dor é única, e teu olhar sempre o mesmo, do mais intenso e sincero ao mais vazio e vago. Nem sei mais onde estou, ou o que fiz, e muito menos o que irei fazer daqui p´ra frente, mas se algo me acontecer...saiba que meu coração congelou ao lado do teu, e no momento que você se foi, eu me tornei apenas um inútil pedaço de carne. Saiba que já foi diferente, e talvez eu já tenha sido feliz. Bom, pelo menos acho que eu era, mas tudo isso chegou ao fim, e agora o que tenho são apenas sensações de frio, derrota e medo que pairam incessantemente sobre a minha alma, isso pelas minhas atitudes passadas que magoaram mais a mim do que a qualquer outro. Mas eu magoei um alguém, e esse alguém não está mais aqui, e acreditem-me, comparsas, a sensação de não poder expressar para quem realmente vale a pena o que você sente é pior que a morte.
O frio da minha vida é feroz, voraz e destrutivo, e este me faz dia-a-dia desejar meu fim.
O frio da carne é o que quero sentir, e quem sabe...encontrar a felicidade em algum distante, e...por fim...queridos comparsas, talvez encontrar aquela que tentou me salvar e se foi como eu.


Rafi Diaz

Lua Fria

Ao olhar p´ra ti, nos dias gelados, esquento minha alma. Meus olhos inundados e vazios, querendo voar talvez, amenizo meu sofrimento com tua beleza, e claridade.
Como será aí em cima? Em que você pensará? Quem estará contigo?
Sempre nos observando, e teu frio torna-se meu refúgio, a nebulosidade que havia...desapareceu, e apenas vejo uma bela noite, com tua presença no céu, me iluminando, me orientando, me motivando, me inspirando...mais...e mais...a cada passo que eu dou.
Bom, querida amiga, você já sabe o que sinto, e quando penso em ti ou olho p´ra ti me sinto vivo, porém destruído, criativo e intenso. Pode-se dizer que sua existência ilumina minha mente, e escurece minha alma.
Quero viver além do universo contigo, quero voar ao teu lado, meu pássaro pintado, e finalmente ser...talvez...a nebulosidade que contrasta tua bela noite.

Rafi Diaz


Outono


Assim como no outono, vejo as flores do passado da minha vida caindo lentamente e finalizando meu período vital.
Em tudo, Outono, você está presente. Você sim é um grande semelhante para o que chamamos de vida. Já tive invernos dolorosos, verões intensos, e até primaveras mornas, mas realmente o outono, com relação a intensidade, é a maior estação da vida, e a mais dolorosa também, e finalmente sinto tudo se acabando, e dessa vez sinto que não haverá um Inverno, pois agora o polén foi morto, a raiz arrancada, e o caule apodrecido.
A vida nada mais é que um grande outono, do qual apenas relembramos com tristeza dos fatos bons e ruins que já se foram, e por fim só temos as folhas tristes transformadas em lágrimas...no chão... para termos alguma lembrança de tudo que já se foi.


Rafi Diaz

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ilusão Perdida

"...e sentado entre os mausoléus, um muito grande e luxuoso e o outro nem tanto, ele pensava, que poderia ter evitado fazer o que fez. Andando mais um pouco, ele se deparou com uma ave, colorida por sinal, um belo tipo, e mais uma vez vem à sua mente a velha correlação que o deixara tão motivado, porém destruído. O pássaro voou, e ele se entristece, mais pelos fatos passados e contínuos do que por qualquer outra coisa. '- Chega é o fim'- Ele diz, e como um raio desaparece na noite, e nunca mais alguém o viu, estaria ele apenas interpretando novamente?" E assim, ele fecha o maldito livro, e finge que sua vida é ilusória, afinal, somos todos personagens, não?