sexta-feira, 8 de maio de 2015

Tanto Faz

Ahhhh, os começos...
Benditos começos que me tiram o fôlego e dos eixos...
Começos que me fazem ir direto p´ro final sem atingir o meio, o aprendizado, a adaptação e a glória.

Não ficarei aqui supervalorando este carrapato que suga minhas costas inteiras, porém, o farei sob protesto.

P´ra adentrar minha inadentrável, sã, insana, paradoxal, falsa e verdadeira mente preciso lapidar a atmosfera da mesma até o ponto em que eu possa tocá-la levemente, e que ela me (nos) dê confiança e se permita prosear conosco.
Neste instante faz frio, mas o frio que faz não é aquele que o calor material elimina...
...é o frio que vem de dentro...
...não anatomicamente, mas transcendentalmente...
Uma pureza tão grande que me assusta...
A pureza da rotina aplicada e todo o mal que traz consigo. 

Eis meus dilemas morais e doutrinários: SIM, EU ENTENDO SER UMA QUESTÃO DE APRENDIZADO, porém não consigo consentir com o fato de minha vida estar se esvaindo de forma tão penosa.
Talvez eu não tenha do que reclamar...
Talvez eu esteja exagerando...
Talvez eu "seja um privilegiado"...
MAS, TALVEZ NÃO...
É certo que não!
É deprimente deparar-se com tamanha falta de motivação. É deprimente não ter tesão de olhar p´ra frente. No mais, é deprimente deprimir-se.

Vamos! Vamos pirar! Nem que seja por alguns segundos! Vamos viver a velha vida, onde a motivação, mesmo que o fato que a impulsionasse fosse podre, exista e cresça dentro de nós!
Vamos lembrar de tempos que achávamos que éramos infelizes, porém hoje achamos que era o máximo!
Engraçada essa supervaloração da qual aplicamos ao passado, não é?
Há 10 anos tive o pior ano da minha vida, mas hoje sinto falta de como me sentia...
Há 9 anos a vida era um lixo, as pessoas, COMO SEMPRE, cheias de merda, mas alguns momentos teimam por ser revividos dentro da minha mente imbecil...
Há 8 anos as coisas não eram tão boas, mas me sentia mais livre, aqui percebo que, HOJE, relembrando, as pessoas têm quase peso zero, e a vontade de reviver é maior do que o nojo de estar circundado por merda, PESSOAS DE MERDA.
Há 7 anos, problemas haviam, mas foi um dos melhores anos da minha vida, diariamente relembro, ouvindo músicas e olhando objetos dos quais já estavam aqui.
Há 6 anos, a farra era imensa...E AQUI CLARAMENTE PERCEBO, SEMPRE HAVERÃO PESSOAS CHEIAS DE MERDA, A ÚNICA COISA QUE VARIA É O PESO DAS MESMAS... ;) Boa época, boa época.

Poderia definir esse passado em poucas palavras até o agora, porém, onde quero chegar?
Como eu li uma vez, acho que no facebook de uma amiga chamada Samaya, quando lembramos, rapidamente nos abstemos de toda a merda que vivemos, e as boas lembranças é o que nos marcam de maneira mais acentuada. Engraçado, isso contradiz uma das mais comuns regras do pensamento humano, sobre algo ruim pesar infinitamente mais do que algo bom; bom, aí me pegou, porém, percebo que ao sentir a nostalgia, o sentimento, INEXPLICAVELMENTE DELICIOSO, é mais forte do que A MERDA QUE SEMPRE NOS CIRCUNDOU; e hoje é diferente, valorizamos A MERDA, se é que me entende, MAIS DO QUE TUDO, e possivelmente, daqui a 2 anos sentirei falta de agora, assim como nunca imaginei que iria sentir saudades de 2013, e bem, adivinhe se não sinto... ;)

Porém...SEMPRE, O TRISTE E MALDITO PORÉM, dessa vez tá foda, a vontade de viver se resumiu por apetite. Engordando, adaptando, "rotinando", vivendo, envelhecendo; não somos nada mesmo; e o momento é assustador, vou parar de escrever por aqui pois começou A Escrava Isaura.

R.I.P, Rafi Diaz.

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