domingo, 24 de maio de 2015

A Rebelião


E diante o abismo de incertezas do qual somos frequentes vítimas, faço a seguinte indagação: "Tens noção de que tu és?"
Qual a razão de tanta incerteza, ou de tanta impulsividade, ou até de tanta inconstância? 

Leve e confusa introdução me fazendo adentrar a minha confusão, e nela vivenciar o ápice do ser não sendo...
Mas, espere um minuto!
Como fugir de si mesmo?
Pois digo-lhe, não conseguirás! Nem mesmo sob prática ilícita...
O que podes fazer é aliviar o ônus que tu causa a ti mesmo momentaneamente, logo, nada mais estaria fazendo do que armando uma fuga, e outra, e outra, a ponto que teu corpo te cobrasse..
Porém, a conta chegará, e aí? Como fugir do pesado, surpreendente, entediante e perigosamente íntimo "eu"? 
Comprar outra fuga como solução? Suicídio em vida!
Vivenciar-te é o pleno a se fazer, uma vez que até a tua sanidade lhe parece confusa, e sua confusão lhe parece suficientemente sã...
Fazer de ti teu amante, teu confidente, teu mais perigoso inimigo e ao mesmo tempo melhor amigo...
Como definir tudo isso?
Não lhe cansa parafrasear paráfrases decadentes!
A arte de vivenciar o depois antes do presente, e sofrer com o passado. Anote o exemplo...
Dormir ansiando pelo amanhã, acordar ansiando pelo sair, encontrar alguém ansiando por foder, foder ansiando por fumar, fumar ansiando por comer, comer ansiando por ir embora, ir embora ansiando por dormir, e dormir ansiando pelo amanhã. Tudo isso sofrendo a cada investida de suas memórias.
O OITAVO CÍRCULO DO INFERNO! :D

ENLOUQUEÇA!!!!
Se permita sumir por um minuto, sequestrando a ti mesmo!
Faça esse minuto durar uma existência inteira dentre o teu universo!
CONHECE A TI MESMO!!!!!!!
Um minuto de piração não o matará, mas o ajudará a compreender tua própria compreensão...
Um minuto louco lhe fará são dentre a paranoica existência da qual paira sobre ti!
É preciso perder o controle para retomar o controle, e de paradoxo viver para que possa entrar em coerência para consigo, e assim não perder a harmonia e o equilíbrio com os que estão à sua volta, uma vez que a solidão nunca encontrarás. 

Doce e pura solidão em esquizofrenia...
Me explique essa máxima, por favor?
Entende o que quero dizer? :)

..."e no final, assim calado, eu sei que vou ser coroado rei de mim!"
QUE IRONIA ESSE TRECHO TOCAR ALEATORIAMENTE NESTE MOMENTO, NÃO? HAHAHAHAHAH...

E assim, aparentemente sozinhos, em um momento de calma e oração, vamos retomando o equilíbrio, e tentando, com o surto que o universo nos concedeu, entender alguma coisa deste abismo de incertezas, buscando o reequilíbrio entre átrios, ventrículos, ritmo, frequência, sinapses, aferências, eferências, atividade cerebral...

Respire...
Seja.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Tanto Faz

Ahhhh, os começos...
Benditos começos que me tiram o fôlego e dos eixos...
Começos que me fazem ir direto p´ro final sem atingir o meio, o aprendizado, a adaptação e a glória.

Não ficarei aqui supervalorando este carrapato que suga minhas costas inteiras, porém, o farei sob protesto.

P´ra adentrar minha inadentrável, sã, insana, paradoxal, falsa e verdadeira mente preciso lapidar a atmosfera da mesma até o ponto em que eu possa tocá-la levemente, e que ela me (nos) dê confiança e se permita prosear conosco.
Neste instante faz frio, mas o frio que faz não é aquele que o calor material elimina...
...é o frio que vem de dentro...
...não anatomicamente, mas transcendentalmente...
Uma pureza tão grande que me assusta...
A pureza da rotina aplicada e todo o mal que traz consigo. 

Eis meus dilemas morais e doutrinários: SIM, EU ENTENDO SER UMA QUESTÃO DE APRENDIZADO, porém não consigo consentir com o fato de minha vida estar se esvaindo de forma tão penosa.
Talvez eu não tenha do que reclamar...
Talvez eu esteja exagerando...
Talvez eu "seja um privilegiado"...
MAS, TALVEZ NÃO...
É certo que não!
É deprimente deparar-se com tamanha falta de motivação. É deprimente não ter tesão de olhar p´ra frente. No mais, é deprimente deprimir-se.

Vamos! Vamos pirar! Nem que seja por alguns segundos! Vamos viver a velha vida, onde a motivação, mesmo que o fato que a impulsionasse fosse podre, exista e cresça dentro de nós!
Vamos lembrar de tempos que achávamos que éramos infelizes, porém hoje achamos que era o máximo!
Engraçada essa supervaloração da qual aplicamos ao passado, não é?
Há 10 anos tive o pior ano da minha vida, mas hoje sinto falta de como me sentia...
Há 9 anos a vida era um lixo, as pessoas, COMO SEMPRE, cheias de merda, mas alguns momentos teimam por ser revividos dentro da minha mente imbecil...
Há 8 anos as coisas não eram tão boas, mas me sentia mais livre, aqui percebo que, HOJE, relembrando, as pessoas têm quase peso zero, e a vontade de reviver é maior do que o nojo de estar circundado por merda, PESSOAS DE MERDA.
Há 7 anos, problemas haviam, mas foi um dos melhores anos da minha vida, diariamente relembro, ouvindo músicas e olhando objetos dos quais já estavam aqui.
Há 6 anos, a farra era imensa...E AQUI CLARAMENTE PERCEBO, SEMPRE HAVERÃO PESSOAS CHEIAS DE MERDA, A ÚNICA COISA QUE VARIA É O PESO DAS MESMAS... ;) Boa época, boa época.

Poderia definir esse passado em poucas palavras até o agora, porém, onde quero chegar?
Como eu li uma vez, acho que no facebook de uma amiga chamada Samaya, quando lembramos, rapidamente nos abstemos de toda a merda que vivemos, e as boas lembranças é o que nos marcam de maneira mais acentuada. Engraçado, isso contradiz uma das mais comuns regras do pensamento humano, sobre algo ruim pesar infinitamente mais do que algo bom; bom, aí me pegou, porém, percebo que ao sentir a nostalgia, o sentimento, INEXPLICAVELMENTE DELICIOSO, é mais forte do que A MERDA QUE SEMPRE NOS CIRCUNDOU; e hoje é diferente, valorizamos A MERDA, se é que me entende, MAIS DO QUE TUDO, e possivelmente, daqui a 2 anos sentirei falta de agora, assim como nunca imaginei que iria sentir saudades de 2013, e bem, adivinhe se não sinto... ;)

Porém...SEMPRE, O TRISTE E MALDITO PORÉM, dessa vez tá foda, a vontade de viver se resumiu por apetite. Engordando, adaptando, "rotinando", vivendo, envelhecendo; não somos nada mesmo; e o momento é assustador, vou parar de escrever por aqui pois começou A Escrava Isaura.

R.I.P, Rafi Diaz.