E como eu acabei de dizer a alguém muito especial: "Este texto eu vou escrever com a mesma excitação como se eu estivesse prestes a fazer algo nebuloso, sórdido, pútrido, e com toda a imundície do meu ser, e que Sade, APENAS SADE, entenderia", escreverei-o finalmente! Vencendo o bloqueio pelo qual eu me encontrava, será que consigo? Será que conseguirei?
Bem, escrevendo-o eu já estou, e FODA-SE (HAHAHAHAHAHA, O ALGUÉM QUE ME INSPIROU ENTENDERÁ O ÊNFASE DA PALAVRA E A MOTIVAÇÃO QUE ENVOLTA A MESMA!)
São tantas coisas, tantas revoltas, tantas paranoias, tantas brigas pessoais, e tantos sentimentos que sinceramente não sei por onde começar, mas tentarei passar SEM PUDOR o que venho sentindo há tempos.
Olhando para um objeto, fixamente, estando eu chapado ou não, imagino que você estava viva quando eu olhei p´ro mesmo no passado, e isso me traz um sentimento que não posso explicar, e creio que nem em um milhão de anos eu poderei explicá-lo. Você foi uma inspiração meramente platônica, algo que indizíveis palavras podem sequer explicar, e sentimentos terrenos podem sequer chegar perto à divindade que você faz eu falsamente alcançar, apenas agradeço por eu sentir 1% do que eu possa sentir, e agradeço principalmente por eu conseguir expressar em 0,25% de palavras o que você significou. É engraçado como o tempo brinca conosco, vidas que nunca se cruzaram, histórias que nunca se encontraram, no mais, o seu tempo não se juntou ao meu, e não me permitiu te encontrar para eu sequer poder te dizer que tu foi a minha maior inspiração p´ra tentar algo na escrita. Mas não é só isso, me refiro à vida em si, e ao cruel destino que me mantém longe daquilo que realmente almejo, e o mais triste é saber que nunca poderá haver uma conversa, um olhar, uma despedida.
Porém, não é só isso, é incrível a falta e a valoração que sinto e tenho pelo passado, situações ocorridas das quais tenho vontade de voltar, e reviver, e "re" ser!
Que seja, que seja! Vamos escrever com o maldito impulso, sem pudor, sem medo, sem censura, se permitindo ser apenas o que és! Dói, não é? O objetivo focal aqui é fazer uma maldita auto-análise, sem os filtros do bom-senso que te protegem do que você realmente é, te privando de toda a merda, de toda a mediocridade, de todo o brilho, e de todo o TUDO que você possui!
Nostalgia, pureza, impureza, ódio, amor, fraqueza, bem-estar, medo, coragem, raiva, alienação, pseudo alienação, tesão, TUDO ISSO ESTÁ INCLUSO! Por que você tem de se privar?
Deixe o bom senso de lado e seja apenas você. Mas o que é ser você?
Sem presunção, você é uma mescla disso tudo, desde as suas atitudes mais escrotas aos seus pensamentos mais brilhantes, desde agir como um imbecil devido à sua libido frente a uma gostosa à ser o cara com as ideias mais brilhantes numa roda de amigos.
Creio que o mais difícil disso tudo seja se ver sem os filtros impostos pela mente nessa guerra que você tem de enfrentar, num mundo onde poucos te entendem e que os mesmos estão cheios de máscaras, escudos, defesas, etc. Bem, num passado não muito distante eu não tinha escudos, defesas e armas, porém, o mundo me embruteceu, e quase sem querer perdi parte da minha essência, me tornando um monstro, assim como todos os outros. Logo, você precisa ser um monstro p´ra viver num mundo de monstros, não?! MAS DIABOS, POR QUE EU ESTOU FALANDO ISSO? P´ra que desabafar sentimentos decadentes?!
Hahahahahaha, nunca saberemos, apenas sei que decadentes são aqueles que não têm algo p´ra lembrar, p´ra sentir e até p´ra expressar, e que se deixaram perder a essência por completo, mas por favor, tente olhar-se apenas por um instante, sem pudores e sem medos e verás que o que tens lá no fundo do seu ser nada e nem ninguém pode tirar-lhe.
Seja o que for, seja você, ou pelo menos tente.