Sim! O garotinho do olho verde aqui, que todo mundo acha que sabe o máximo da vida dele, cresceu, e sente os efeitos de ser um possível adulto mais do que nunca. Possível?! Bem, tenho a dizer que sou mais adulto que muitos adultos mais, supostamente, adultos por aí. E sim, gênio, eu tava falando sobre mim, só que em terceira pessoa...
Sim, é a doença! A maldita doença!
Você que olha superficialmente para tudo e para todos, sem se importar, fazendo-se um cúmulo de presunção, ditando a verdade absoluta, sem se importar com a verdade alheia, e com a verdadeira realidade, não sabe um terço do que acontece aqui dentro...de mim!
A doença me corrói, a doença me excita, a doença me aquieta, a doença me assombra, a doença me mata. A doença, amigo! Sabe qual?!
Bem, eu lhe digo qual!
A doença de me corroer por dentro, ao lembrar do meu passado, das chances aproveitadas e perdidas, a doença de não ter uma motivação para viver, a doença da paranoia, a doença de sentir o seu corpo arder e doer da pior forma possível, em questão de raízes psicológicas.
Isso foi apenas um leve prelúdio sobre aquilo que você verá, uma forma despudorada sobre a mais podre doença que alguém pode ter, o SENTIR em si, aquilo que te entope, e o fedor que sai de você.
Ideias que não fazem sentido, você se sente um pedaço de lixo, vivendo em uma dimensão em que você não faz parte. Você, e seus malditos olhos verdes, a coisa mais superficial e patética! Atrás desses olhos, meus caros, tudo pulsa, tudo se omite, tudo passa, tudo força...
A ESTABILIDADE ESTÁ AQUI COMIGO!
EM UM MOMENTO EU SOU AQUILO QUE SEMPRE QUIS, E EM TORNO DE UM MINUTO ME TORNO NOVAMENTE...AQUILO QUE NUNCA DESEJEI SER!
Mas vamos com calma, não deixando o nosso pessimismo abalar nossa sanidade...MAS QUE MALDITA SANIDADE???!
E COMO SER SÃO??
COMO VOCÊ PODE SE DECLARAR SÃO SE...VIVER É A MAIOR LOUCURA QUE SE PODE ENFRENTAR???!
Bem, viver pode ser bom, mas até que ponto?!"Mas Deus disse..."
E VOCÊ CRISTÃOZINHO HIPÓCRITA QUE ADORA JULGAR OS OUTROS, ME RESPONDE UMA COISA????!
QUE CRISTÃO NUNCA SE REVOLTOU CONTRA DEUS??!
Não venho aqui pregar o 'anticristianismo' se assim podemos chamar. Mas, qual o verdadeiro sentido da vida??!
Porra, p´ra quê tantas perguntas da minha parte?!
Eu sou um aspira a escritor, deveria conter as malditas respostas!
ERRADO!!
TENHO TANTAS, OU MAIS DÚVIDAS DO QUE VOCÊS, TALVEZ!
A vida é um plano feito para se fracassar. E tendo isso em mente, qual a motivação que sobra para se viver?!
Talvez a motivação seja viver dentro do seu universo! Um universo PARALELO E PRÓPRIO, cultivando da sua própria insanidade, e dando passagem para aqueles que te entendem a adentrarem o seu mundinho, e assim tendo acesso a outros universos, àqueles universos que valem a pena ser adentrados.
Mas, não vamos desviar o foco (MAIS DO QUE JÁ ESTÁ DESVIADO)..
...A MINHA DOENÇA É A PIOR DE TODAS AS DOENÇAS, CUJOS HUMANOS (AQUELES BENDITOS DIFERENCIADOS) PORTAM TAMBÉM....
...DOENÇA DA PARANOIA, DOENÇA DE VOLTAR PARA UM MALDITO LUGAR E TER DE VER AS MALDITAS PESSOAS NOVAMENTE, DOENÇA DE TER MEDO DE FICAR SOZINHO, DOENÇA DE ESTAR ESCREVENDO UMA PORRA DE UM TEXTO E TER MEDO DE SER JULGADO POR ISSO, E POR FIM, A DOENÇA MAIS DOLOROSA, AQUELA DE SENTIR E SABER QUE EU NÃO TE CAUSO NADA.
Logo, o meu antídoto é você. Mas você não existe.
...Logo, viver é incurável.
Faz um ano já, e parece fazer um dia. É incrível como me lembro daquele fatídico momento em que soube da tua morte. Curioso também como com o tempo a minha vida mudou, a situação virou, as pessoas mudaram, ficaram e passaram...de forma marcante, algumas de forma brusca, grotesca, e outras de forma leve e comum. Eu sei que ao pensar em algumas poucas pessoas, meu coração sangra. Mas, enfim, é engraçado sentir como tudo era há um ano atrás, e sentir com a experiência...a felicidade se esvaindo, cada vez mais...cada vez mais.
No mais, Amy, eu sinto a tua falta. ♥
Não ocuparei espaço para dizer que eu voltei, pois isso é óbvio...uma vez que estou escrevendo aqui, certo? Logo, pouparei o seu tempo e o meu.
O meu foco aqui é demonstrar todo o meu desejo de ter vivido um passado distante, algo que hoje não passa de um leve reflexo, um monstro que hoje não passa de uma sombra.
Noite passada eu tive um sonho intenso, insano e lúcido, extremamente lúcido. Não venho aqui falar dos meus sonhos obviamente, não direi que falar de sonhos é bobagem, mas nesse caso seria perda de tempo. Mas este foi tão foda, e em uma época da minha vida tão complexa e significativa que vale a pena ao menos citá-lo e descrevê-lo.
Bem, eu estava em um trem, em torno dos anos 20, ou 30, sinceramente não me recordo, e eu olhava para fora, agoniado e ao mesmo tempo extasiado. Eu via tudo como era naquela época, e passava também ao lado do cemitério da Quarta Parada, uma vez que o percurso abrangia o mesmo que a linha vermelha faz (pois é, até no sonho eu sou pobre, Manolo), mas, enfim, parece que o passado traz consigo toda uma grande magia, uma alta magia, algo impossível de se descrever, e traz também algo sombrio, porém, para aqueles que conseguem ver além de tudo que o óbvio coloca como padrão, uma luz dentre uma escuridão, um paradoxo que faz o sentimento mais incrível ser sentido.
Mas, toda hora eu entro em uma briga comigo mesmo, afinal, hoje não é o 'antigamente' de daqui a uns 70 anos? Ou até em menor escala, 2012 é o antigamente de um futuro não tão distante.
Porém, eu rebato esse argumento de forma brilhante na minha opinião, pois eu envolvo o aspecto moderno e tendencioso da coisa, que antigamente (comparando a hoje) não tinha, ou pelo menos quase não tinha. Toda essa tendência e esse mundo moderno me deixa extremamente 'sem tesão' de viver. Porra! É tão desanimador ver toda essa tecnologia, todo esse individualismo, e principalmente essa geraçãozinha de merda que se forma, cuja qual gosto de chamar de 'geração leite com pera', um bando de futuros fracassados, criados dentro de um apartamento, cheio de mimos e afins.
(NÃO, NÃO E NÃO, EU NÃO VOU CITAR O OUTRO LADO DA MOEDA, COMO POR EXEMPLO O ALTO ÍNDICE DE PARIDADE, SUPERLOTANDO A CIDADE, AS FAVELAS, E AFINS, ISSO FICA P´RO PRÓXIMO. UMA CRÍTICA SOCIAL AQUI NÃO É O MEU FOCO).
Logo, em um período clássico, muito anterior a este, e até em uma época primórdia, creio que o desejo de se viver é muito mais desejável. Quando vejo fotos do passado, e até um passado levemente recente, como por exemplo, uns guris que foram em 1998 à noite no cemitério da Vila Formosa beber ou algo do tipo, vejo muito mais curtição, uma diversão muito maior, um entretenimento não artificial. Caralho, parece que com essa modernização de merda e futuros fracassados se desenvolvendo (contando até os já desenvolvidos) tudo está perdendo a naturalidade, a espontaneidade, e essa perda dá lugar a uma grande falcatrua, a uma grande artificialidade. Tudo parece falso, e nem vou citar o argumento cópia de uma cópia de uma cópia, porque nem ao menos é parecido com antigamente.
Ao menos nós temos os livros, a prova mais fiel do passado, de como as coisas aconteciam. Não digo que antigamente não haviam falcatruas nem filha da putices do tipo, e claro, a liberdade era escassa, porém não haviam tantos 'posers', tanta falsidade, creio que o instinto antigamente falava mais alto. Na boa, na minha opinião houve um grande regresso, e arrisco a dizer que estamos em uma época parecida à Idade das Trevas, não no sentido tecnológico da coisa, obviamente, mas no sentido de qualidade de vida. É tudo uma grande corrida, sempre estamos com pressa, tudo superlotado, o Niilismo impera nessa sociedade mais do que nunca, o que aconteceu, o que foi feito, em dois dias será esquecido, e assim sucessivamente. Volto a dizer, mais do que nunca, nem o próprio humano se sustenta(Né, Nietzsche? Mais do que nunca, caro bigodudo).
(Obs: E uma das coisas que mais me irrita é ver como grandes símbolos históricos estão sendo destruídos e mal cuidados por essa sociedade hipócrita e claro, pelo governo escroto que nós temos e colocamos lá. Isso detona qualquer pensamento afetuoso pela história).
Bem, o melhor a se fazer para se ter algum tipo de êxito dentre a minha insanidade é ter em mente sempre um reflexo do passado, mesmo que você não o tenha vivido, porém nunca deixar ele virar uma sombra.
Por fim, a luz que o passado traz consigo é a inspiração.